Caminhoneiro mantido refém achou que RJ estava mais seguro com tropas federais
Publicado em 7 de agosto de 2017
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“Por isso que eu desci [para o Rio] mais tranquilo, pensando que estava mais seguro. De repente, na hora que esse carro parou na minha frente e esse rapaz desceu com a arma, eu não acreditei. Eu falei: ‘esse cara vai me assaltar cheio de polícia?’. Eu passei ali na Washington Luiz cheio de polícia, ali quase na [Avenida] Brasil cheio de polícia, mas ele entrou”, disse o motorista Antônio, no início da manhã desta segunda (7), na Cidade da Polícia.
Para Antônio, a ousadia dos criminosos em cometer um roubo mesmo diante do reforço na segurança é uma questão de “certeza de impunidade”.
“Eu não acreditei. Esse rapaz entra no meu caminhão, nervoso, mais nervoso que eu. Eu acho que ele nem sabia o que estava fazendo, deve ser novo nisso. É gente de muita coragem. Eu acho que é a certeza da impunidade que faz isso”, completou ele, que ficou mais de duas horas sob a mira da arma do criminoso.
A mãe de Emerson Garcia Miranda, de 19 anos, que praticou o assalto, ajudou a negociar o fim do sequestro. “Eu pedi a ele pra tirar a arma da cabeça do rapaz, botar no chão, deixar o rapaz descer e se render. Eu estou sem chão”, disse Fabiana Garcia dos Santos.
Segundo o motorista, faltava apenas 10 minutos para ele chegar ao destino previsto, quando tudo aconteceu. Ele passou a noite na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, e disse não ter conseguido dormir. Se possível, ele espera não voltar mais para a cidade.
“Hoje, eu diria que não viajava pra cá não, mas amanhã eu não sei não, porque a gente tem que trabalhar. Eu quero só ir pra casa, ver meus filhos”, disse o motorista.
De acordo com a delegada Eláine Rosa, da Central de Garantias, o criminoso estava com mais quatro homens dentro do carro no momento da abordagem. Segundo ela, Emerson não tinha passagem pela polícia e se reservou ao direito de ficar em silêncio e não falar em depoimento.
A delegada disse ainda que Emerson chegou a dizer aos policiais que participaram da ação que ele seria o mais novo da quadrilha e, por isso, foi o escolhido para abordar o motorista.
‘Só em filme’
Antônio Euclides disse que a ficha só caiu agora e que nunca tinha imaginado uma situação dessas. Para ele, a mobilização de policiais no local parecia cena de filme.
“Só em filme. O tanto de tiro naquela carreta e só pegar na minha perna, pegou só um tiro na minha perna. Eu não cheguei a associar a minha situação com nenhuma, porque pra mim é tudo novo. Em alguns momentos eu preferia nem pensar que era eu. Eu vivi de novo”, disse Antônio ao G1. O caso foi registrado na Central de Garantias da Cidade da Polícia.
G1
Antônio Euclides disse que a ficha só caiu agora e que nunca tinha imaginado uma situação dessas. Para ele, a mobilização de policiais no local parecia cena de filme.
“Só em filme. O tanto de tiro naquela carreta e só pegar na minha perna, pegou só um tiro na minha perna. Eu não cheguei a associar a minha situação com nenhuma, porque pra mim é tudo novo. Em alguns momentos eu preferia nem pensar que era eu. Eu vivi de novo”, disse Antônio ao G1. O caso foi registrado na Central de Garantias da Cidade da Polícia.
G1