O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou o seu discurso durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 23, fazendo uma brincadeira pelo fato do teleprompter não estar funcionando. Em uma fala cheia de críticas diretas à ONU, o republicano aproveitou a falha no equipamento para fazer uma comparação negativa com a atuação da organização.
“Eu não me importo em fazer esse discurso sem um teleprompter, porque não está funcionando. Eu me sinto muito feliz de estar aqui com vocês, de todo modo. E eu digo isso do fundo do coração. Eu só posso dizer que quem quer que esteja operando esse teleprompter está em grande problema”, afirmou Trump, arrancando risos da plateia formada por delegações de Estado, ao iniciar o discurso.
Sem o equipamento que exibe o texto a ser lido, Trump fez sua fala lendo o discurso em um papel. Em dado momento, ele passou a falar sobre a sua participação no encerramento de conflitos internacionais e disse ter acabado com “sete guerras”.
“Isso inclui Camboja, Tailândia, Congo, Ruanda, Paquistão e Índia, Israel e Irã, Egito e Etiópia. Nenhum presidente ou primeiro-ministro, nenhum outro país fez algo similar. Nunca aconteceu antes. Tenho muita honra. E é muito ruim que eu tenha que fazer essas coisas em vez da ONU estar fazendo isso. Eles nem tentaram ajudar em nenhum dos casos. Eu lidei com os líderes de cada um desses países para acabar com os conflitos”, disse Trump.
Logo, ele emendou a fala com a situação do telemprompter e contou que a escada rolante também falhou. Trump disse que ele e a primeira-dama, Melania, precisaram mostrar que estavam em boas condições físicas para subir de escadas.
Imediatamente antes do presidente norte-americano discursar, quem falou foi o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista não chegou a se queixar de falhas no teleponto e fez o seu discurso sem intercorrências.
Apesar de terem discursado muito próximos, é possível que Trump não tenha ouvido o início do discurso de Lula, que disparou contra as retaliações aplicadas pelos EUA em represália ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL), condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Lula iniciou seu discurso na ONU com críticas às sanções aplicadas pelos Estados Unidos, sem citar diretamente o presidente Donald Trump ou o território norte-americano. Ele defendeu a democracia e a soberania nacional, afirmando que ‘o multilateralismo está diante de uma encruzilhada’ e que ‘a agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável’.

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