Acusado de tentativa de homicídio quer se apresentar espontaneamente e provar que não tentou matar companheira. Para advogados, testemunha de acusação mentiu

Publicado em 31 de agosto de 2022

O agricultor Erinaldo dos Santos, residente na zona rural do município de Massaranduba (PB) informou, através de seus advogados, que quer se apresentar espontaneamente na delegacia de polícia civil da cidade de Lagoa Seca, para esclarecer todos os fatos e provar que não tentou matar sua companheira, como vem sendo noticiado.
Os advogados Fábio Arruda e Larissa de Oliveira encaminharam à Justiça solicitação de indeferimento do pedido de prisão preventiva do agricultor, por parte do delegado que investiga o caso, e a decisão deve sair em breve. A Justiça ainda não atendeu ao pedido e os advogados acreditam que com a apresentação espontânea do acusado ela não deve vingar.
Além disso, o acusado tem residência fixa e nunca esteve foragido, podendo ser encontrado no Sítio Gameleira, Zona Rural de Massaranduba. Segundo seus advogados ele sempre esteve a disposição da polícia para esclarecer os fatos e, inclusive, quer mostrar que uma testemunha de acusação, que é cunhada da vítima, mentiu sobre o assunto, o que lhe prejudicou muito. “Vamos provar tudo em favor do nosso cliente”, dizem os advogados Fábio Arruda e Larissa de Oliveira.
Na verdade, segundo eles, o que aconteceu foi uma tentativa de lesão corporal de natureza leve e não contra a companheira, mas sim contra seu amante, já que o acusado presenciou a mulher com ele. No caso ele usou “uma espingarda de chumbo, antiga e que mal funciona”, como arma. A espingarda só tem um cano e só dispara um tiro por vez, ao contrário que disse a testemunha de acusação, afirmando que o acusado teria disparado mais de uma vez contra a mulher.
Portanto, “não houve intenção por arte do acusado de ceifar a vida da vítima, e sim a do seu amante”, dizem os advogados na petição encaminhada à Justiça. Eles dizem também que o acusado é réu confesso e que ao presenciar a mulher e o amante se beijando ficou transtornado e tomado por forte emoção, o que motivou sua reação, “através de um único disparo a lesão corporal de natureza leve”.
Para justificar o pedido os advogados dizem que a vítima, em decorrência da lesão, foi socorrida, medicada e teve alta hospitalar em 24h, encontrando-se atualmente em sua residência, “desempenhando suas funções domésticas normalmente como de costume”. Ainda sobre o cunhado da vítima os advogados dizem que ele deveria ter sido ouvido na delegacia como declarante, e não como testemunha. Diante dos fatos, eles pedem que a Justiça agende a apresentação do acusado para esclarecer o acontecido e que ele possa responder o processo em liberdade.

Apolinário Pimentel

 

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