Após defender que Câmara atrapalhe indenização de aposentados, líder do PL aprova moção de louvor a Trump

Nesta tarde, o presidente dos EUA ameaçou Brasil com novas tarifas.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) uma moção de louvor ao presidente dos EUA, Donald Trump, “pelo brilhante trabalho desenvolvido como presidente da maior nação e pela incansável luta em defesa da democracia e da liberdade de expressão em todo o planeta”.
O requerimento aprovado é de autoria do líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A ação acontece dias depois de Trump defender publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do processo que ele enfrenta no STF (Supremo Tribunal Federal).
Trump chamou o processo de “caça às bruxas”. Bolsonaro é réu no STF por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, em que saiu derrotado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O 45º Presidente dos Estados Unidos da América deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”, sustentou o deputado.
No documento aprovado, Sóstenes alega que Trump, em 100 dias de governo, reduziu a inflação dos EUA, buscou reduzir preços das contas de energia, negocia a paz entre a Rússia e a Ucrânia, cortou impostos, protegeu os valores e princípios das famílias, entre outros pontos.
Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil
Nesta quarta-feira, em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano a partir de 1º de agosto.
A medida, segundo Trump, é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas americanas e à forma como o país tem tratado Bolsonaro.
No texto, Trump afirma que “a forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro é uma vergonha internacional”. Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações envolvendo o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.
Antes do anúncio das tarifas, Trump declarou em entrevista à imprensa que o Brasil “não tem sido bom” para os americanos.
“A fórmula [usada para definir tarifas para outros países] foi baseada no bom senso, em déficits, em como fomos tratados ao longo dos anos e em números brutos. E teremos mais alguns saindo hoje. O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós. Nada bom. Vamos divulgar um número do Brasil, eu acho, mais tarde esta tarde ou amanhã de manhã. Mas eles são baseados em fatos muito substanciais e também no passado”, disse.
Trump reforçou o tom de cobrança ao afirmar que, historicamente, os EUA foram tratados de forma injusta por aliados e rivais comerciais.
“Nós recebemos centenas de bilhões de dólares em tarifas. Centenas de bilhões e ainda nem começamos. E vai ser uma grande coisa para o nosso país. Eu acho que vai ser uma coisa justa para o mundo”, declarou.

R7

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