Brasil passa sufoco no 1º tempo, mas vence thecos de virada

Publicado em 27 de março de 2019

A seleção brasileira sofreu mas, com um segundo tempo eficiente, venceu a República Tcheca, por 3 a 1, nesta terça-feira (26), em amistoso na cidade de Praga.
O time se recuperou na etapa final, após um primeiro tempo apático, em que foi controlado pelo adversário. Gabriel Jesus, que entrou no segundo tempo, fez dois gols.
Foi o último jogo da seleção comandada por Tite antes da convocação do treinador para a Copa América. A lista será anunciada no dia 17 de maio e a competição tem início no dia 14 de junho, com o Brasil enfrentando a Bolívia, no Morumbi.
A República Tcheca começou dando trabalho, com a marcação aberta, ocupando todos os espaços.
Só não conseguia concluir a gol, porque a marcação brasileira também estava compacta. Mas ineficiente na saída de bola.
A República Tcheca manteve um sistema semelhante ao usado pela seleção na Copa do Mundo de 2006 e que se tornou uma marca do futebol europeu. Um esquema versátil, com volantes funcionando como meias e vice-versa.
A única diferença é que, em 2006, Jan Koller atuava mais como atacante fixo e recebia o apoio de Pavel Nedved, Karel Poborsky, Tomas Rosicky e Tomas Galasek. Já o atacante Schik, atualmente, se movimenta mais.
Schik, teoricamente, era o único atacante, mas ele nunca estava só, com os meias Darida, Pavelka e Masopust chegando sempre para tabelar e finalizar.
Com a bola, o Brasil avançava seus zagueiros, para que os passes saíssem de preferência curtos, alimentando as tabelas que não se concluíam. Restou, em algumas oportunidades, fazer a chamada ligação direta.
Quem ditou o ritmo foi a República Tcheca. Foram pelo menos três oportunidades, com chutes de longa distância de Derida e Masopust, sempre aparecendo nas costas dos volantes.
Indeciso, Allan ainda tentava avançar, mas deixava espaços. Aos 18, a primeira chance do Brasil: Alex Sandro recebe pela esquerda e cruza para Allan, que chega como surpresa e cabeceia sem equilíbrio, para fora.
Aos 34, após troca de passes, Novak bate de direita, por cima. Todo o sistema ofensivo theco, incluindo os laterais, tinha espaço para a finalização ou cruzamento.
Aos 36, Pavelka recebeu de Masopust, a bola desviou em Allan, Marquinhos não conseguiu dominar. Ele chutou no canto direito de Allison, fazendo 1 a 0.
O Brasil só chutou mais duas vezes. Uma em conbrança de Casemiro, da intermediária. E outra aos 42, com Lucas Paquetá, em uma das poucas vezes em que apareceu, chutando de longe, sem perigo.
O Brasil, incapaz de criar jogadas, com Coutinho e Paquetá completamente anulados e sem iniciativa, continuou sendo dominado até o fim do primeiro tempo.
A primeira aparição de Firmino
Com Éverton entrando no lugar de Paquetá, apático, o Brasil mostrou que iria tentar mais jogadas em velocidade. Mas, logo no início, a seleção se beneficiou com erro de passe de Selassie.
Ainda sem ritmo, por ter entrado no intervalo, ele tocou errado para Soucelk, que deixou passar. Firmino, em sua primeira aparição, surgiu na frente do goleiro e tocou para o gol: 1 a 1, sem maiores esforços.
No início do sgundo tempo, os jogadores tchecos mostraram um certo desgaste. Celutska deu lugar a Kudela. E o cérebro do time, Derida, saiu para dar lugar a Frydek. O ímpeto tcheco era tanto que Soucek e Pavelka trombaram e ficam caídos no gramado, aos 14.
Desorientados, os thcecos deram mais espaço no início da segunda etapa. Em jogada de velocidade, Coutinho, em seu primeiro chute a gol, tentou o canto direito mas Pavlenka espalmou.
E Éverton reclamou de pênalti ao entrar na área, aos 20. A entrada de David Neres ocorreu para dar outra alternativa pelas beiradas. Richarlison, afinal, estava muito preso na marcação.
Tite optou por um esquema ofensivo, colcando Arthur no lugar de Casemiro e o atacante Gabriel Jesus no lugar de Coutinho. Com o novo panorama, coube aos tchecos buscarem os contra-ataques.
Mas quem passou a ditar o ritmo foi o Brasil. Éverton ocupava a entrada da área e se movimentava em sincronia com David Neres, que atacava pela esquerda e pela direita. Com maior número de atacantes, o jogo avançado do Brasil surtiu mais efeito, algo que não tinha ocorrido no primeiro tempo.
Desta forma, aos 37, David Neres entrou pela esquerda e acionou Gabriel Jesus que, sem goleiro, fez 2 a 1. Aos 44, Gabriel Jesus fez o seu segundo gol, em jogada similar, aproveitando o toque de Allan para chutar e fazer no rebote: 3 a 1, um resultado que trouxe alívio para Tite, que encontrou alternativas após um primeiro tempo complicado.

FICHA TÉCNICA
REPÚBLICA TCHECA x BRASIL
Local: Eden Arena, em Praga (República Tcheca)
Data e horário: terça-feira (26 de março de 2019), às 16h45 (de Brasília)
Árbitro: Ovidiu Hategam (ROM)
Assistentes: Sebastian Gheorghe (ROM) e Octavian Sovre (ROM)
Cartão amarelo: Casemiro (23 do 2T)
Gols: Pavelka, aos 36 do primeiro tempo; Firmino, aos três, Gabriel Jesus aos 37 e aos 44 do segundo tempo
REPÚBLICA TCHECA: Pavlenka; Coufal, Suchy, Celustka (Ondrej Kudela) e F. Novak; Soucelk, David Pavelka (Alex Kral), Masopust, Vladimir Darida (Martin Frydek) e Zmrhal; Schick (Matej Vydra). Técnico: Jaroslav Silhavy
BRASIL: Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro (Arthur), Allan, Philippe Coutinho (Gabriel Jesus) e Lucas Paquetá (Éverton); Richarlison (David Neres) e Firmino (Fabinho). Técnico: Tite
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