Caso Marielle: Polícia faz busca e apreensão na casa e gabinete do vereador Marcello Siciliano

Publicado em 14 de dezembro de 2018

A Polícia Civil do Rio e Ministério Público do Rio cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (14). Segundo a polícia, o mandado tem relação com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
No local, os agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. O vereador não foi encontrado em casa. Eles também arrancaram da parede um cofre, que não conseguiram abrir. A mulher do vereador, Verônica Garrido, foi levada num táxi para prestar depoimento como testemunha.
Também houve apreensão de computadores no gabinete do parlamentar, na Câmara de Vereadores do Rio, no Centro. A porta do escritório precisou ser arrombada. Até as 9h, Siciliano ainda não havia aparecido para trabalhar.
Todo o material será levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que investiga o caso.
Durante as investigações, uma testemunha falou para a Polícia Civil e para a Polícia Federal que o vereador Marcello Siciliano planejou a morte de Marielle, junto com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
Siciliano chegou a prestar depoimento durante as investigações, assim como outros vereadores. O parlamentar nega todas as acusações.
O G1 tentou entrar em contato com a assessoria do vereador, mas até a publicação desta reportagem não tinha conseguido.

Morta por grilagem
O secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, afirmou, em entrevista ao jornal “Estado de São Paulo”, que a vereadora Marielle Franco foi morta por milicianos que acreditavam que ela poderia atrapalhar negócios de grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.
Nesta manhã desta sexta (14), faz nove meses que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram executados no Rio. Na quinta (13), a Delegacia de Homicídios fez uma operação em dois estados para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados aos crimes, mas ninguém foi preso na ação.
A operação foi realizada para prender milicianos – alguns suspeitos de envolvimento no crime, que ocorreu no dia 14 de março.
Os policiais estiveram em 15 endereços, inclusive fora do estado, como em Juiz de Fora, em Minas. No RJ, equipes estão na Zona Oeste do Rio; em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Angra dos Reis, na Costa Verde.
G1

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