Conjunto Aluízio Campos vive duas tragédias com mortes, e envolvendo crianças, em apenas 24 horas

Publicado em 25 de novembro de 2020

Em apenas 24 horas o Conjunto Habitacional Aluízio Campos, em Campina Grande (PB) registrou duas tragédias com mortes e envolvendo crianças de famílias residentes no local, fatos que deixaram a população abalada e repercutiram em toda a cidade. O primeiro caso tomou conta das redes sociais e do noticiário policial no último dia 23, quando um menino de apenas 1 ano e dois meses foi levado ao Hospital da Criança, pela mãe, sob alegação de que havia caído e se machucado gravemente.
A situação mudou completamente quando os médicos constataram que havia muitos hematomas no corpo do garoto e acionaram a polícia. Apesar da negação da mãe Raline dos Santos, de 26 anos, a criança apresentava sinais de espancamento. Pouco tempo depois a pequena vítima morreu e ao ser feito o exame cadavérico ficou constatado que a criança havia sido espancada e faleceu ainda por asfixia.
A polícia está investigando o caso e já prendeu a mãe do garoto, que tem ainda outros filhos, mas segundo testemunhas há histórico de violência contra os menores por parte de Raline. Seu companheiro também é investigado no caso, já que tem passagem pela polícia e durante depoimento sobre o caso houve contradição dele, da mulher e também da avó da criança morta, Luciana dos Santos, que disse ter certeza que a filha é responsável pelo crime contra seu neto. “Minha filha é uma irresponsável”, afirmou.

OUTRA MORTE
O caso da morte do garoto espancado e morto ainda era o assunto principal no Conjunto Aluízio Campos quando, 24 horas depois, outra tragédia abalou novamente os moradores daquele residencial e, de novo, com morte e envolvendo outra criança. Na noite desta terça-feira (24) um menino de nome Davi e de apenas 10 anos morreu depois de perder o controle da bicicleta, bater num ônibus e ir parar em baixo do veículo, tendo a cabeça esmagada pelo pneu traseiro do coletivo.
De acordo com testemunhas o pequeno Davi andava de bicicleta pelo conjunto, em companhia do amigo Miguel, de 12 anos, quando aconteceu o acidente. Ainda segundo testemunhas a bicicleta não tinha freio e os meninos desciam uma ladeira quando foram de encontro a um ônibus que transporta trabalhadores da Coteminas e que estava chegando para deixar funcionários daquela empresa.
Conforme relatos nas redes sociais e de grupos de whatsapp do próprio conjunto, o motorista não teve culpa no acidente e ficou completamente abalado com a situação. Ele seguia sua rota diária e em velocidade normal, quando de repente os garotos surgiram de bicicleta e foram de encontro ao ônibus, batendo e caindo em baixo do veículo. Davi foi prensado contra o solo pelo pneu e teve morte imediata, enquanto Miguel teve uma das pernas praticamente esmagada. Ele foi socorrido pelo SAMU para o Hospital de Trauma e está internado e as informações são de que sua perna deve ser amputada, mas ele não corre risco de vida.

COINCIDÊNCIA
A morte do pequeno Davi vítima de acidente de trânsito neste dia 24 chamou a atenção dos moradores do ´Aluízio Campos´ por um detalhe: no dia 25 de novembro de 2019, semanas após o conjunto residencial ter sido entregue um atropelamento também foi registrado no local. Uma mulher e seus dois filhos estavam na porta da nova casa quando um carro desgovernado atropelou a família, mas não houve mortes. Na época o motorista foi preso e autuado por dirigir embriagado e hoje, faltando um dia para completar um ano desse caso, novamente o conjunto vive outra situação de acidente de trânsito, só que agora com morte e muito mais lamentável.

Apolinário Pimentel

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