Estresse e ansiedade afetam sono e mastigação, e fazem bruxismo disparar no Brasil, alerta professora do Unipê

O bruxismo, comportamento caracterizado pelo ranger e apertar dos dentes, disparou nos últimos anos, especialmente após a pandemia de Covid-19. Fatores como estresse, ansiedade, sobrecarga de trabalho e o uso excessivo de telas são apontados como os principais responsáveis por essa escalada, acendendo um alerta sobre a saúde bucal e geral da população.
De acordo com a professora Karoline Silveira, do curso Odontologia do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), o bruxismo pode se manifestar de duas formas: durante o sono, chamado de bruxismo do sono, ou enquanto a pessoa está acordada, conhecido como bruxismo em vigília. Em ambos os casos, pode acontecer contato dentário repetitivo, seja pelo ranger ou apertar dos dentes, seja pela sustentação e/ou projeção da mandíbula.
“Mais que um comportamento, o bruxismo compromete a função mastigatória e a qualidade de vida. Identificar os sinais precocemente é fundamental para evitar complicações”, alerta Karoline. Entre os sintomas mais comuns estão desgaste dentário, hipertrofia dos músculos da mastigação, sensibilidade dentária, dor ou cansaço na mandíbula e região facial, além de lesões na mucosa oral, como marcas de dentes na bochecha ou na língua. Esses sinais podem prejudicar o conforto, a função mastigatória e o bem-estar geral do paciente.
O estresse e a ansiedade têm papel importante no desenvolvimento do bruxismo, principalmente no tipo em vigília, que está fortemente associado a fatores psicológicos como comportamento orientado à performance, traços agressivos e hiperativos e estratégias de enfrentamento disfuncionais. Durante períodos de tensão, aumenta a atividade dos músculos da mandíbula, favorecendo o hábito de ranger ou apertar os dentes.
O controle exige uma abordagem multidisciplinar. No caso do bruxismo do sono, o uso de placas oclusais estabilizadoras ajuda a proteger os dentes e reduzir o impacto nos músculos e articulações. A higiene do sonoe técnicas de relaxamento complementam o cuidado. Já no bruxismo em vigília, estratégias de autocontrole, biofeedback e aplicativos que lembram o paciente de relaxar a mandíbula podem ser eficazes. Em alguns casos, a terapia cognitivo-comportamental auxilia no controle da ansiedade e na mudança de hábitos.
Karoline reforça que é fundamental procurar um dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial assim que surgirem os primeiros sinais. “Quanto antes o bruxismo for identificado, mais eficaz será o controle, prevenindo desgastes dentários severos, dor muscular e alterações na articulação temporomandibular”, explica.
Além dos impactos clínicos, o bruxismo pode afetar o bem-estar emocional, comprometendo a concentração, o humor e a produtividade. Por isso, a conscientizaçãoe a busca por intervenção adequada são fundamentais para preservar a saúde bucal e a qualidade de vida.
Sobre o Unipê – Fundado em 1971, o Centro Universitário de João Pessoa – Unipê possui conceito 5 pelo MEC, conforme avaliação in loco de recredenciamento presencial e credenciamento EAD, sendo a única instituição privada do estado a conquistar este feito, solidificando-se entre as melhores do país. O Unipê é reconhecido pela sua contribuição para o desenvolvimento da Educação no Brasil e na Paraíba, tendo um forte tripé de ensino, pesquisa e extensão em sua comunidade. A Instituição oferta cursos de graduação, presenciais e a distância, e pós-graduação (lato e stricto sensu) em diversas áreas do conhecimento. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, e reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados.
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