‘Fiz para salvar minha mãe’, diz menino que esfaqueou padrasto

Publicado em 25 de setembro de 2018

“Peguei a faca e enfiei três vezes. Não fiz porque quis, foi para salvar minha mãe da morte”. Essa é a declaração dada pelo menino de dez anos que é suspeito de esfaquear o padrasto, em crime que aconteceu na manhã desta segunda-feira (24), no bairro João Paulo II, Zona Sul de João Pessoa.
O menino contou que tudo começou quando ele foi tomar banho e esqueceu de pegar a toalha para se enxugar.
“Eu estava no banheiro tomando banho e esqueci de levar a toalha. Minha mãe foi pegar a toalha e ele (padrasto) disse para ela deixar lá. Fui pegar a toalha e depois fui escovar os dentes e me arrumar. Eles dois começaram a se bater. Ele chamou palavrão comigo e quando fui ver foi mainha gritando, ele enforcando mainha. Peguei a faca e enfiei nele”, contou a criança.
Além disso, o menino também disse que já havia sido agredido pelo padrasto outras vezes e que ele já havia ameaçado matá-lo.
“Ele (padrasto) não gosta de mim e nem do meu pai. Ele já me bateu com cipó, me ameaça. Ele já falou que ia me matar e matar meu pai, que a morte da gente já estava pronta. Peguei a faca e enfiei três vezes. Não fiz porque quis, foi para salvar minha mãe da morte”, afirmou o menino.
O Conselho Tutelar relatou que já estava apurando o histórico de desavenças entre o padrasto e o menino e que já solicitou a Justiça que revogue a guarda da mãe.
“A criança já havia passado pelo conselho tutelar sim, mas a guarda dessa criança era da mãe, que mora com esse padrasto. Estamos apurando o histórico. Inclusive o que se via era só um simples desentendimento. A conselheira que acompanha fez todo o procedimento de escutar a criança, aconselhamento da mãe e do padrasto. Tudo dentro do procedimento que a gente faz. Inclusive a conselheira encaminhou a revogação da guarda, que quem faz isso é a justiça”, relatou o Conselho.

Pai quer a guarda dos filhos
O pai da criança suspeita de esfaquear o padrasto afirmou que vai, mais uma vez, buscar a Justiça para ter a guarda dos filhos.
“Tenho que ir à Defensoria Pública e esperar na Justiça se vão permitir de ele ficar comigo. Por mim eu fico com todos dois (menino suspeito do crime e o irmão dele), o negócio é a Justiça, para não acontecer algo mais nessa tragédia”, contou o pai da criança.
Porrtalcorreio

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