Justiça autoriza psiquiatra escolhido por Bolsonaro a entrevistar Adélio Bispo

Publicado em 16 de março de 2019

O juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), Bruno Souza Savino, autorizou que um médico psiquiatra, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, entreviste Adélio Bispo de Oliveira, que confessou ataque de setembro do ano passado.
Adélio está preso provisoriamente desde o dia do crime. O presidente já passou por três cirurgias desde a facada no abdômen. Bolsonaro foi atacado durante ato de campanha à Presidência, em setembro, na cidade de Juiz de Fora.

Laudos psiquiátricos
O juiz Bruno Souza também determinou que peritos responsáveis pelos laudos psiquiátricos e psicológicos de Adélio Bispo esclareçam divergências apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF).
Na última terça-feira (12), representantes da defesa de Adélio protocolaram na Justiça Federal um laudo complementar sobre a insanidade mental do autor confesso da facada. Ele está preso provisoriamente desde o dia do crime.
Até o momento, foram realizados outros três laudos no procedimento que avalia a insanidade mental em Adélio Bispo de Oliveira.
• 1º Laudo (particular): uma consulta que atestou indício de transtorno delirante grave
• 2º Laudo (judicial psiquiátrico): transtorno delirante permanente paranoide
• 3º Laudo 3 (judicial psicológico): não revelado – sigiloso
O procurador do caso, Marcelo Medina, afirmou que “peritos que participaram do laudo psiquiátrico divergiram do laudo psicológico, feito posteriormente, para aprofundar a investigação sobre a possibilidade de insanidade mental de Adélio Bispo”.
O procurador, contudo, não detalhou quais as divergências nos laudos e nem o teor dos documentos. O processo corre em segredo de Justiça.
Na decisão, o juiz determinou a expedição de carta precatória à Seção Judiciária de Campo Grande (MS) solicitando a intimação dos peritos forenses que fizeram os laudos para que respondam sobre os questionamentos formulados pelo MPF.

Inquéritos
Após o atentado em Juiz de Fora, a Polícia Federal (PF) abriu dois inquéritos. O primeiro, finalizado em 28 de setembro de 2018, conclui que Adélio agiu sozinho no momento do ataque.
Neste inquérito ele foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. A denúncia do Ministério Público Federal foi aceita pela Justiça.
O segundo inquérito foi aberto para apurar possíveis conexões de Adélio, pessoas que podem ter ajudado o agressor a planejar o crime. A PF segue com as investigações.
G1

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