Missionário de 19 anos sobrevive a terceiro atentado terorista
Publicado em 27 de março de 2016O missionário mórmon Mason Wells, de 19 anos, que sobreviveu aos atentados no aeroporto internacional de Zaventem, no nordeste de Bruxelas, na Bélgica, na terça-feira (22), disse que Deus o “ajudou” a se manter calmo em um momento de pânico.
“Eu acho que apenas uma pessoa poderia ter me ajudado a ficar calmo como eu fiquei, e essa pessoa seria Deus”, disse Wells, que rompeu o tendão de Aquiles e teve queimaduras de segundo e terceiro graus no rosto e nas mãos.
Essa não é a primeira vez que Wells está em um local alvo de atentados terroristas. Ele também estava em Boston (EUA), em 2013, e em Paris (França), no ano passado, quando aconteceram os ataques nas duas cidades.
Segundo a imprensa americana, Mason estava a uma quadra de distância da linha de chegada da maratona de Boston, nos EUA, em 15 de abril de 2013, no momento em que ocorreu o atentado que deixou três mortos e 264 feridos, dos quais 17 amputados.
O adolescente também estava em Paris, na França, em 13 de novembro do ano passado, quando ataques terroristas deixaram 130 mortos e dezenas de feridos.
“Estava nestes locais onde certas coisas aconteceram. Sinto que o plano de Deus é muito maior do que a gente imagina”, acrescentou o jovem mórmon à ABC.
“Minha fé tem me guiado por toda a minha vida, me permitiu crescer e ter experiências. Não sei porque estava nestes locais, mas o que sei é que cada vez fui atendido por pessoas extraordinárias, que me apoiaram e agradeço a elas”, prosseguiu.
Mason Wells, que deve se recuperar quase totalmente de seus ferimentos após um longo período de convalescença, contou que aguardava próximo ao mostrador da companhia aérea americana Delta quando o primeiro suicida detonou os explosivos que levava consigo.
“Fiquei consciente todo o tempo”, explicou o missionário. “Tinha tirado meu iPad para checar uma coisa quando a primeira bomba explodiu. O barulho foi realmente muito forte. Não sabia de onde vinha, não esperava por isso”.
“Explodiu à minha direita e acho que o meu corpo foi tirado do chão. O iPad que tinha nas mãos, não sei, simplesmente desapareceu… Talvez tenha batido na minha cabeça quando escapou das minhas mãos. O mesmo aconteceu com o relógio que estava no pulso esquerdo; desapareceu. Meu sapato esquerdo explodiu e senti em grande parte do meu corpo, do lado direito, um calor muito forte, depois frio. Fiquei coberto de fluidos, muito sangue e muito sangue que não era meu”.
G1