Preenchimento facial: resultados indesejados, assimetria ou complicações médicas fazem muitas pessoas recorrerem à reversão do procedimento

Publicado em 23 de julho de 2024

O Dr. André Eyler, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons, aponta que há algumas técnicas que possibilitam reverter ou reduzir os efeitos dos preenchimentos faciais, mas que dependem ainda do tipo de substância usada e da condição do paciente. “O problema é que existem pessoas que acabam sofrendo com os exageros, falta de naturalidade, aplicações e produtos de má qualidade, e, em geral, estes casos foram feitos por alguém sem a correta qualificação profissional”, afirma.


O cirurgião plástico assinala que uma das substancias mais eficazes para a reversão é o hialuronidase, sendo, no entanto, destinado exclusivamente nos preenchimentos à base de ácido hialurônico. A hialuronidase é a principal enzima usada para dissolver o material injetado, que age quebrando as moléculas de ácido hialurônico, o que contribuiu para que o corpo consiga reabsorve parte do material. Porém, o médico esclarece que às vezes a reversão não chega a ser total. “A molécula que liga o ácido hialurônico não é absorvida, logo não se atinge completamente a reversão. É preciso atentar também para preenchimentos repetidos na mesma região, o que dificulta o processo”, alerta o especialista.
Mas, em alguns casos, sobretudo quando o preenchimento é bem recente, técnicas de massagem e compressão podem ajudar a redistribuir o produto, melhorando a aparência e reduzindo a necessidade de uma intervenção mais invasiva. Ressaltando que essas técnicas devem ser realizadas por um profissional experiente e especializado nesta área para evitar complicações. Além disso, o laser e radiofreqüência, segundo o Dr. Eyler, podem ser utilizadas para facilitar na quebra e remoção de alguns tipos de preenchimento. Estes métodos ainda promovem a estimulação do colágeno e assim acelera a reabsorver o material injetado de modo mais rápido e eficiente.
Também é relevante lembrar que vários preenchimentos faciais são temporários e o corpo gradualmente os reabsorve ao longo do tempo. Para aqueles que não apresentam complicações imediatas ou estéticas graves, a reabsorção natural pode ser uma opção. Sendo que o tempo necessário para a reabsorção completa depende do tipo de preenchimento e das características individuais do paciente.
O Dr. Eyler explica que em casos extremos, onde grandes quantidades de preenchimento foram aplicadas ou o material usado não é reabsorvível, geralmente é recomendado realizar uma aspiração ou remoção cirúrgica. “Quando o preenchimento foi feito, por exemplo, com o polimetilmetacrilato (PMMA), substância totalmente contraindicada, a reversão do preenchimento é bem mais difícil, sendo preciso um procedimento cirúrgico. A remoção dele costuma causar imperfeições graves na r egião, por causa do processo invasivo do produto no tecido cutâneo e se houve necrose local. Com isso, é necessário retirar parte do tecido, causando deformidades sérias”, diz.
Após uma técnica de reversão, é essencial adotar cuidados no pós-procedimento. Isto pode incluir o uso de compressas frias, evitar exposição solar, não fazer atividades físicas intensas e seguir as orientações do profissional de saúde para garantir uma recuperação adequada e evitar complicações. “Antes de optar por qualquer técnica de reversão, consulte um dermatologista ou cirurgião plástico qualificado. O profissional realizará uma avaliação completa, levando em conta a história médica do paciente, o tipo de preenchimento utilizado, e o estado atual da pele e dos tecidos faciais. Cada caso é único e requer uma abordagem personalizada para garantir a segurança e a eficácia do tratamento”, indica.
O acompanhamento contínuo com um especialista médico de confiança é fundamental para alcançar os melhores resultados e preservar a saúde e a estética do paciente. “É extremamente importante escolher um profissional médico sério e habilitado ao optar por fazer um preenchimento. Ele avaliará criteriosamente o paciente e suas proporções, para definir como, quanto e qual a substância deve ser aplicada, respeitando os traços naturais, na promoção do equilíbrio e a harmonia na medida certa. Além do mais, o especialista qualificado e com expertise sabe preencher sem provocar a migração do produto, um dos maiores erros que são cometidos por pessoas despreparadas e desabilitadas”, concluiu.

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