Prefeitos têm até 10 de agosto para aderir ao programa de construção de barragens subterrâneas
Publicado em 25 de julho de 2015Os prefeitos de municípios paraibanos que se encontram em situação de emergência devem efetuar adesão ao programa estadual de barragens subterrâneas até o próximo dia 10 de agosto, quando termina o prazo de inscrição. O programa faz parte do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem anunciado pelo governador Ricardo Coutinho em junho.
Nessa quarta-feira (22) foi realizada na cidade de Bananeiras a última das cinco reuniões realizadas pelo Governo do Estado para capacitar prefeitos, secretários municipais de agricultura, agricultores familiares, estudantes e técnicos para a implantação do programa estadual de barragens subterrâneas. Neste mês já foram realizadas reuniões em Campina Grande, Sumé, Patos, Sousa com o mesmo objetivo.
O Governo do Estado, em parceria com as prefeituras, vai construir duas mil barragens que beneficiarão mais de 50 mil agricultores familiares paraibanos. A implantação das barragens subterrâneas vai ser operacionalizada pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).
A adesão das prefeituras ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem como condição de acesso às barragens é necessária porque vincula sua contrapartida nas obras, através da utilização das máquinas fornecidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Mostramos que os custos para as prefeituras como para o Estado são mínimos e os efeitos são de inclusão produtiva para as mais de duas mil famílias que serão beneficiadas com as barragens subterrâneas. Cada prefeitura gastará em média de seis a oito horas de máquinas, o que gera cerca de R$ 200 em combustível e o Governo entrará com aproximadamente R$ 3 mil para cada barragem”, afirmou o secretário da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Morais, destacando ainda que até o momento mais de 70 prefeituras já aderiram ao programa através do portal da Secretaria de Articulação Municipal.
Dentre os prefeitos presentes ao evento estiveram os de Nova Floresta, João Elias; Caserengue, Luis Carlos; o vice-prefeito de Tacima, Bilac Soares; e os secretários de agricultura de Arara, José Cláudio; Bananeiras, Marcilio Lourenço; Caserengue, Raniery; Damião, Raimundo de Azevedo; Frei Martinho, Isabeli Cristina; Lagoa de Dentro, João Pedro da Silva; Nova Floresta, Ademir Cordeiro; Pedro Régis, José Aguinaldo; Picuí, Karkon; Remígio, Isabel Cristina; Serra da Raiz, Edson Míguel e de Solânea, Walnir de Meneses.
O prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena, representando os demais, parabenizou os presentes na pessoa do secretário de Estado, Lenildo Morais, e fez um alerta para que os governantes não se enganem com o verde da vegetação do Brejo, pois a falta de água já afeta toda a região.
“Nossa cidade vive uma crise no abastecimento, mas essa não é uma realidade só nossa e sim de toda a região. A estiagem, que é uma realidade vivida por muitos paraibanos, é muito mais incisiva na nossa região, pois nunca precisamos nos preocupar com a falta de água. Muitos moradores de Bananeiras nem caixa de água tinham em virtude de nunca ter nos faltado água nas torneiras, por isso essa reunião é fundamental para nos adaptarmos a essa nova realidade”, afirmou Douglas Lucena.
Programa Viva Água – Em junho, o governador Ricardo Coutinho anunciou investimento de mais de R$ 133 milhões, por meio do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem (Programa Viva Água). Desse montante, R$ 80 milhões correspondem aos recursos do Estado e R$ 53 milhões são oriundos do Governo Federal.
Barragem subterrânea – Barragem subterrânea é uma tecnologia que permite armazenar água no subsolo, sendo usada para ajudar na produção, principalmente no período de estiagem. Deve ser construída nos períodos em que o nível da água subterrânea estiver mais baixo. Após a identificação do local adequado à construção, é feita uma abertura transversal ao leito de um riacho. Esta abertura pode ser feita de forma manual ou mecânica (retroescavadeira). Em seguida é colocado material impermeável (argila, lona plástica etc.), de modo que venha impedir o fluxo natural da água subterrânea. Concluída a obra, a vala é totalmente preenchida com o próprio material que foi retirado.