Radialista Fabiano Gomes é denunciado na Operação Xeque-Mate. Ele diz confiar na Justiça e que não tem nada a temer

Publicado em 9 de maio de 2018

fGomesO Ministério Público da Paraíba (MPPB) protocolou, nesta terça-feira (8),no Tribunal de Justiça da Paraíba, denúncia contra 26 pessoas por suspeita de integrarem uma organização criminosa desarticulada pela Operação Xeque-mate no último mês de abril. Além do prefeito afastado de Cabedelo, Wellington Viana França, aparecem também a primeira-dama, Jacqueline Monteiro França; o presidente da Câmara de Vereadores, Lúcio José do Nascimento Araújo e o radialista Fabiano Gomes da Silva, da TV Arapuan.
Segundo a denúncia do MPPB, o radialista Fabiano Gomes teria afirmado que “toda a tratativa para a criação de obstáculos ao Shopping Pátio Intermares foi aviada no escritório de Roberto Santiago”. O texto relata ainda que nesta mesma ocasião teria ficado “avençada a distribuição de pelo menos R$ 50.000,00 para os vereadores” de Cabedelo. Confira imagem abaixo.
O MPPB afirma ainda que o radialista teria confessado “sua participação na compra da gestão de Cabedelo. Fabiano teria dito inclusive que “quem de fato administrava o município [Cabedelo] era o denunciado Roberto Santiago”. Confira imagem abaixo.
Em rede social, o radialista Fabiano Gomes diz confiar na Justiça. “O desdobramento da operação Xeque-mate, divulgado hoje, me faz reafirmar a confiança absoluta na Justiça e nos aparatos de investigação, os quais procurei, expontanea e antecipadamente – como deve sempre proceder quem nada tem a temer ou a ocultar”, publicou.

A DENÚNCIA
A denúncia oferecida pelo MPPB tem como base todo o material colhido durante a operação da Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB). De acordo com a PF, existe a suspeita da compra do mandato do então prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha). A organização criminosa, segundo as investigações, passou a praticar diversos crimes, como desvio de recursos públicos através da indicação de servidores “fantasmas”; corrupção ativa e passiva; fraudes a licitações; lavagem de dinheiro; avaliações fraudulentas de imóveis públicos e recebimento de propina para aprovação ou rejeição de projetos legislativos.
No processo, o MPPB pede à Justiça a aplicação das penas de perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos réus e a fixação de R$ 20 milhões (valor mínimo), como estimativa de valor dos danos causados pela atuação da organização criminosa.

PB Agora

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