Saúde bucal na gestação pode prevenir complicações para mãe e bebê, alerta professora do Unipê

A gestação é um período de intensas transformações fisiológicas, hormonais e emocionais para a mulher – mudanças que também podem impactar diretamente a saúde bucal da mãe e a do bebê. Por isso, os cuidados odontológicos devem fazer parte do pré-natal. O alerta é da professora Camila Brito, do curso de Odontologia do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).
“Quando falamos em pré-natal, estamos falando da saúde da gestante e do bebê, isso também inclui a saúde bucal. A prevenção é fundamental para evitar inflamações, infecções e dores que podem prejudicar a gestante e, consequentemente, o bebê”,
Uma das principais condições que exigem atenção durante a gravidez é a doença periodontal, inflamação dos tecidos de sustentação do dente. Estudos já apontam correlação entre essa condição e maiores riscos de parto prematuro e de bebês com baixo peso ao nascer. Por isso, hábitos de higiene reforçados e consultas regulares ao dentista durante o pré-natal são considerados medidas de prevenção fundamentais.
“Não existe como desassociar saúde bucal de saúde sistêmica. A literatura mostra que a presença de doença periodontal durante a gestação pode liberar mediadores inflamatórios que afetam diretamente a saúde do bebê”, explica Camila.
As mudanças hormonais e de rotina características da gestação também favorecem o surgimento de outros problemas bucais, como inflamações gengivais, cáries e erosão dentária em casos de mulheres que apresentam enjoos e vômitos frequentes. Alterações alimentares, como o maior consumo de carboidratos e doces devido aos desejos, também elevam o risco de complicações.
Para evitar esses quadros, a recomendação é intensificar os cuidados diários de higiene. “A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sempre após as principais refeições, com creme dental fluoretado, associada ao uso de fio dental. O enxaguante pode ser utilizado, desde que sem álcool. Além disso, uma dieta equilibrada, rica em vegetais e nutrientes e com consumo moderado de açúcar, ajuda a reduzir o risco de cáries e a proteger a saúde geral da mãe e do bebê”, orienta a professora.
No que se refere a tratamentos odontológicos, o segundo trimestre da gestação é considerado o período mais adequado para procedimentos eletivos. Casos de emergência, como infecções ou dores intensas, devem ser atendidos a qualquer momento. Radiografias podem ser realizadas quando imprescindíveis, sempre com proteção adequada, e a prescrição de medicamentos precisa respeitar as recomendações específicas para gestantes.
A professora lembra ainda que o acompanhamento odontológico deve incluir também os primeiros cuidados do bebê. Consultas preventivas podem começar logo após o nascimento, antes mesmo da erupção dos primeiros dentes. “Dentista não cuida só de dente. Avaliamos gengiva, língua, bochechas e lábios, e esse acompanhamento precoce ajuda a criar uma boa relação da criança com a saúde bucal desde cedo”, completa.
Sobre o Unipê – Fundado em 1971, o Centro Universitário de João Pessoa – Unipê possui conceito 5 pelo MEC, conforme avaliação in loco de recredenciamento presencial e credenciamento EAD, sendo a única instituição privada do estado a conquistar este feito, solidificando-se entre as melhores do país. O Unipê é reconhecido pela sua contribuição para o desenvolvimento da Educação no Brasil e na Paraíba, tendo um forte tripé de ensino, pesquisa e extensão em sua comunidade. A Instituição oferta cursos de graduação, presenciais e a distância, e pós-graduação (lato e stricto sensu) em diversas áreas do conhecimento. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, e reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados.
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