Secretário de Segurança diz que morte de petista em Foz do Iguaçu foi “intolerância política”

Publicado em 11 de julho de 2022

O policial penal federal que invadiu a festa de aniversário e matou a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda (foto) era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu, segundo a Polícia Civil.
A informação foi repassada pela delegada Iane Cardoso, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (10). A presidência da associação informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria da entidade.
O tesoureiro do PT era guarda municipal e foi assassinado na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo a polícia, a vítima foi morta pelo policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, que também foi baleado e encaminhado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, não havia sido divulgado o estado de saúde dele.
A delegada disse que a polícia apura se as motivações do crime envolveram conflito político entre os dois. Guaranho se identifica em redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A priori é o que estão divulgando (que houve divergência politica), mas a gente está investigando, tentando extrair a verdadeira motivação. O que estão divulgando é que houve um conflito político, mas a polícia tem que averiguar”, destacou.

Câmera registrou o crime
Uma câmera de segurança registrou o momento em que o apoiador de Bolsonaro invadiu a festa de aniversário e matou o guarda municipal.
Nas imagens da câmera de segurança, o tesoureiro do PT aparece caindo no chão do salão após ser atingido por um primeiro tiro. O atirador entra no local e faz um segundo disparo, conforme o vídeo.
Em seguida, uma mulher tentou impedir a agressão do suspeito e o empurrou. O homem caiu atirando As imagens da sequência mostram que a vítima revidou dando tiros no agressor, que foi ao chão, à esquerda da imagem.
À RPC, o secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime. “Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política”, disse o secretário.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu disse, em nota, que Marcelo Arruda era da primeira turma da Guarda Municipal e estava na corporação há 28 anos. O guarda também era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).
“Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais. Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor”, afirmou o prefeito Chico Brasileiro.
G1

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