Patrícia Alves

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Sou Scooby-Loo

Eu sei que você não tem mais tempo livre – como eu – para assistir desenho animado, mas rogo para que você tenha assistido ao menos um episódio do clássico Scooby-Doo.

Scooby e sua turma de detetives investigam crimes cometidos por fantasmas, monstros e criaturas de outros planetas. Só que o tal cachorrinho é um medroso, aliás, ele e o dono dele, o Salsicha, são medrosos de “borrar as calças”. Só que por Lei da Ilusão, o sobrinho Scooby-Loo é fã do tio, que jura de “pé junto” que o parente é megacorajoso e capaz de enfrentar qualquer horripilante criatura.

Sem discutir medos ou fraquezas alheias, eu quero falar aqui sobre o que vemos do outro no cotidiano das nossas relações interpessoais, descritos com precisão no mundo administrativo, na ferramenta conceitual chamada de Janela de Johari.

Na proposta do fluxograma, em formato de uma janela de uma casa – óbvio!!!! – o nosso EU é dividido em quatro campos. Na primeira, chamada de “área aberta”, EU sou visto como costumeiramente ajo, através das habilidades, atitudes, linguagem – trocando em miúdos, é o que queremos mostrar. Ou você nunca falou pausadamente, quando na verdade queria mandar às cucuias?

Na segunda, “área fechada ou secreta” é a parte do seu EU que você sabe que tá lá, mas que você insiste em esconder. Exemplificando: Sabe quando você está em uma reunião de trabalho e alguém lhe pergunta se você conhece a técnica “ElevatorPitch” e você balança a cabeça, acenando que sim, sem ter nem noção que danado é isto?

Na sequência: existe a “área desconhecida”, onde nem EU nem o OUTRO sabe desta potencialidade, fraqueza ou reação, que pode aflorar em uma determinada situação. É o típico caso de como você vai reagir na hora de um assalto, ou no falecimento abrupto de um membro da família, ou até mesmo – que espero que aconteça comigo – quando EU ficar RICA, passando no melhor concurso do mundo: o da Mega-Sena.

Hahahah – este artigo é sério… mas o ditado já fala: “Quer conhecer um homem, dê dinheiro”.

Continuando, trato sobre a “área encoberta ou cega”, também, a mais fácil de entendermos. Trata-se das características de comportamento que as outras pessoas percebem em MIM. Tipo essa que Scooby-Loo percebe no tio, mas que o próprio não consegue perceber.

Ao se achar um medroso, Scooby nunca percebeu que, mesmo atrapalhado, na hora do sufoco ele consegue demonstrar uma altivez e coragem, salvando a todos. Eu acredito que, como nele, essa “coragem” só aflore porque no fundo o Scooby tem quem acredite nele e age para não decepcionar.

Quem assistiu lembra que o sobrinho sempre emite frases de encorajamento e diz: “Como você é corajoso, tio Scooby”. Pra mim é este o X da questão, você precisa estar rodeado de quem acredita em você, de quem te encoraja.

No contraponto, você deve exercitar, como mantra, este exercício. Esteja olhando o potencial encoberto nos outros, dando-lhe condições de crescer como pessoa ou como profissional.

Assim, sendo líder, amigo ou colega de trabalho, lembre-se sempre que pode ter alguém megacapaz do seu lado e o que basta é você mostrar a ELE o tão importante que ELE é à equipe, à vida.

Jornalista do PARAIBAONLINE, assessora de imprensa do Colégio Motiva, e consultora empresarial da Idealize

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