Idosa mata marido a marteladas na Zona Norte de Porto Alegre

Publicado em 11 de fevereiro de 2016

Uma idosa matou a marteladas o marido na madrugada desta quarta-feira (10) na Zona Norte de Porto Alegre. Josino de Souza Bueno, 69 anos, já tinha históricos de ameaças e agressões contra Gessi Franco Bueno, 64, há pelo menos quatro anos, conforme o delegado Filipe Borges Bringhenti, responsável pelo caso. A morte ocorreu na casa onde residiam, na Rua Millo Raffin, Bairro Mario Quintana.
Informalmente, a mulher disse à polícia que o homem passou bebendo durante a terça-feira (10). Ao voltar para casa, na madrugada de quarta-feira, ele teria iniciado uma briga. Para se defender, Gessi tomou um martelo e passou a desferir golpes contra o homem, concentrados na região da cabeça. O idoso tentou se proteger, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Após o crime, a mulher foi encaminhada para a 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sendo presa em flagrante por homicídio. Em seguida foi para Penitenciária Feminina Madre Pelletier, mas o Judiciário indeferiu a prisão e ela foi posta em liberdade.

Delegado analisa possível legítima defesa
Bringhenti ainda analisa se a morte pode ser considerada legítima defesa da mulher contra o homem. Durante conversa com os policiais, Gessi admitiu que “se passou” e seguiu agredindo o marido mesmo após ele não “apresentar mais risco”, explica o delegado. “Preliminarmente as lesões não seriam compatíveis em número e em gravidade.” Além disso, Gessi também não tinha sido agredida antes da morte do homem.

O delegado explica que, para ser considerado legítima defesa, o uso da força tem que “ser moderado”. Na análise preliminar do delegado isso não teria acontecido, já que ela continuou com os golpes apesar do homem não apresentar mais resistência. A polícia agora aguarda o laudo preliminar da necropsia do corpo de Josino de Souza Bueno para ter a confirmação da legítima defesa.
Agora a polícia vai ouvir testemunhas para reconstruir a vida do casal. “É bem importante caracterizar como funcionava a relação, se ela agredida e com qual frequência. Algumas mulheres são agredidas para desequilibrar relação do casal. Vão na delegacia para registrar ocorrência por ameaça, que é difícil de comprovar”, explica Bringhenti. Serão ouvidos familiares e vizinhos do casal, além de outras pessoas.
G1

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