Cinco pessoas encontradas mortas dentro de casa em Porto Alegre

Publicado em 3 de junho de 2016

Os vizinhos da família encontrada morta em Porto Alegre nesta quinta-feira (2) desconfiaram da falta de movimentação na residência onde ocorreu o crime, no bairro Jardim Itu-Sabará, na Zona Leste da capital gaúcha. Eles acreditavam que a família poderia ter viajado para Santa Catarina, para onde costumavam se deslocar com frequência, uma vez que desde a sexta-feira (27) passada ninguém foi visto saindo ou entrando na casa.
“Desde o final de semana, sem barulho nenhum. É que eles viajavam muito para Santa Catarina, então nós não notamos nada”, disse a moradora Janaína Laurindo da Silva.
Já o vizinho João Gaspar Oliveira Maciel afirmou que o contato com a família era frequente por conta do tempo em que viviam na região, mas que não notou nada de estranho. “Sempre tinha movimento deles conversando com os vizinhos, se conhecem há anos aqui. Mas desde a sexta-feira passada, que não teve nada de estranho”, afirmou.
Um dos vizinhos disse que resolveu ligar para a única filha sobrevivente relatando a situação. Em seguida, ela foi até o local e encontrou os cinco mortos. Entre as vítimas estão duas crianças, uma de cinco anos e outra de dois meses, conforme informações da Brigada Militar.
O microempresário Joel Bica, pensou inicialmente que a família tivesse morrido por gás. “Alguma coisa assim, deixasse, esquecesse. Agora, tiro? E o pior que a gente não ouviu. Ninguém ouviu tiro, nenhum vizinho, nem a vizinha aqui na frente, ninguém ouviu”, disse.
As identidades e as idades das vítimas foram repassadas pela Brigada Militar como Lourdes Felipe, 64 anos, Valmir Felipe, de 29, Luciane Felipe, de 32, João Pedro Felipe, de cinco anos, e Miguel, de dois meses. As duas crianças são filhas de Luciane e netas de Lourdes. Segundo os vizinhos, a família morava há muitos anos no bairro.
De acordo com a BM, em dois corpos, inclusive o do bebê, não foram achadas marcas de tiro. Segundo a polícia, o bebê de dois meses estava embaixo da mãe, que aparentemente tentava protegê-lo, porque havia uma marca de tiro nas costas da mulher.
Polícia descarta suicídio
A polícia praticamente descarta a hipótese de que o crime tenha sido praticado por alguém da família, que depois teria cometido suicídio, já que a arma do crime não foi encontrada na residência. Os vizinhos contaram que Luciane tinha sido ameaçada por um ex-companheiro há dois meses.

Na casa, os peritos coletaram digitais nas portas, janelas e em vários cômodos da casa. Mas não acharam nenhum sinal de arrombamento. Os investigadores encontraram, ao lado dos corpos, as cápsulas da arma e material que vai ser analisado em laboratório.
G1

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