Reportagem detalha como funcionava esquema milionário de PMCG para fraudar licitações e desviar recursos públicos
Publicado em 23 de setembro de 2016Reportagem veiculada no guia eleitoral do candidato a prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), detalhou como funcionava o esquema milionário montado pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, para fraudar licitações e desviar dinheiro dos cofres públicos. O esquema movimentou um volume de recursos de quase R$ 25 milhões em 3 anos e seis meses, segundo os dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).
Segundo a denúncia, o “jogo de cartas marcadas” que manipulou as licitações de obras e serviços em Campina Grande, e favoreceu aos aliados políticos do atual prefeito Romero Rodrigues (PSDB), envolveu diretamente três construtoras: a Mimosa que entrava só para perder e compor as tomadas de preço, a Santa Luzia” e “Tavarense, que abocanham 95% de todo o dinheiro movimentado para obras em Campina Grande na gestão tucana.
Só a Santa Luzia, venceu 70% das licitações, enquanto que a Tavarense, que tem como sócio, Cristiano Rodrigues da Silva, filho do vereador Buchada, venceu 90% das licitações que disputou.
As três construtoras são na verdade, integrantes de uma fraude milionária acobertada pelo prefeito atual. As provas já foram protocoladas no Ministério Público e na Polícia Federal para serem investigadas.
De acordo com a denúncia, a Construtora Mimosa, levou a menor fatia dos recursos movimentados em 3 anos e seis meses, mas mesmo assim, chegou a faturar R$ 2,3 milhões, mesmo tendo como sede um sítio abandonado na Zona Rural de Lagoa.
O guia mostrou que, no endereço citado como sede da “Mimosa”, ninguém soube informar do funcionamento de uma construtora no local. A empresa não foi localizada porque, na verdade, ela funciona estrategicamente como “fachada”, no esquema montado pela gestão do prefeito Romero Rodrigues para desviar milhões dos cofres públicos.