Variante delta tem se tornado dominante em todo o mundo, diz cientista-chefe da OMS
Publicado em 21 de junho de 2021
A variante delta do coronavírus, identificada pela primeira vez na Índia, tem se tornado dominante em todo o mundo, disse nesta sexta-feira (18) a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.
“A variante delta está prestes a se tornar a variante dominante global por causa de sua maior transmissibilidade”, disse Swaminathan em entrevista coletiva.
Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes.
Quanto mais o vírus circula – é transmitido de uma pessoa para outra –, mais ele faz replicações, e maior é a probabilidade de modificações no seu material genético.
Isso não significa que as vacinas disponíveis não protejam contra esta variação do vírus Sars-Cov-2. No Reino Unido, onde ela já é dominante, o Ministério da Saúde assegurou que as doses aplicadas conferem proteção às infecções.
“É importante que as pessoas recebam ambas as doses da vacina contra a Covid-19, porque dados nos mostram que ela pode proteger efetivamente contra a variante delta”, disse o ministro Matt Hancock.
Espalhada pelo mundo
Além dos britânicos, que confirmaram a predominância da delta entre as infecções de seu território, as autoridades de saúde da Alemanha e da Rússia acenderam seus alertas.
O instituto alemão Robert Koch, referência no combate à Covid-19 no país europeu, anunciou que 6% dos novos casos no país já são da variante delta – mas o número deve aumentar rápido.
Na Rússia, a propagação da variante delta do coronavírus em Moscou fez a capital bater recorde diário de infectados nesta sexta.
Com 17.262 contágios diários em todo país, a Rússia está no ponto mais elevado desde 1º de fevereiro, de acordo com estatísticas do governo.
Foto: Rupak De Chowdhuri/Reuters
G1