Defesa alega influência na imparcialidade do júri popular e pede suspensão do julgamento de bolsonarista que matou petista no Paraná
Publicado em 29 de abril de 2024![](https://rededenoticias.com/wp-content/uploads/2024/03/Guaranho.jpeg)
A Justiça do Paraná decidiu suspender o julgamento do bolsonarista Jorge Guaranho, acusado do homicídio do guarda municipal e tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu Marcelo Arruda, marcado inicialmente para 2 de maio em Foz do Iguaçu. A determinação veio após um pedido da defesa do ex-policial penal, que alegou a necessidade de transferência do julgamento devido à repercussão do caso na cidade e à posição ocupada pela vítima na gestão municipal.
Segundo o UOL, o advogado de defesa, Samir Mattar Assad, argumentou que a influência do caso na comunidade e o cargo ocupado por Marcelo Arruda poderiam interferir na imparcialidade do júri popular. O juiz substituto Sergio Luiz Patitucci, responsável pela decisão acatou o pedido da defesa e também mencionou o fato de que a esposa da vítima, Pamela Suellen Silva, possui um cargo na Itaipu Binacional, e que o corpo de jurados seria composto majoritariamente por funcionários da usina e da prefeitura de Foz do Iguaçu.
A suspensão do julgamento não determina automaticamente a transferência de comarca. Patitucci enfatizou que a medida foi tomada para permitir uma análise mais aprofundada dos argumentos apresentados pela defesa, antes de decidir sobre a possível mudança de local do julgamento. A decisão foi publicada no dia 26 de abril, mas ainda não há uma data definida para a realização de um novo júri.
A acusação, por sua vez, ressalta que independentemente do local, existem elementos que sugerem a possibilidade de um veredicto condenatório. O advogado da assistência de acusação, Daniel Godoy, disse que a decisão pode ser contestada e que irá discutir com a família de Marcelo Arruda as próximas medidas a serem tomadas.
O crime aconteceu em 9 de julho de 2022. Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT quando foi baleado pelo ex-policial bolsonarista.
Brasil 247