A escolha consciente feita na eleição pode tornar a vida do povo melhor

A falta de conscientização política é um fato marcante e presente no Brasil. Para ilustrar e confirmar o que estamos afirmando é só acompanhar o nível dos parlamentares escolhidos para as três esferas do legislativo brasileiro, essa escolha é tem sido muito ruim, seja para os municípios (vereadores), estados (deputados estaduais) e para o Congress Nacional (deputados federais e senadores), já que este poder em nível federal é composto pela câmara alta (Senado) e Câmara dos deputados.
É pertinente afirmar que a grande parte da população brasileira não sabe diferenciar os três poderes da República, Executivo, Legislativo e Judiciário e suas funções, isso por si, já se constitui um grande problema. É comum e frequente observarmos pedidos de ajuda e até intervenções estruturais na cidade, aos parlamentares, ora, isso jamais foi e é função de quem legisla, que de produzir leis e fiscalizar o poder executivo.
Porém, até entende-se que assim seja, pois, a carência do povo é gigantesca, com o Brasil tendo na atualidade 33 milhões de famílias em insegurança alimentar (leia-se, passando fome), dada a política desastrosa do atual mandatário da nação, Jair Bolsonaro, que opta em governar para os ricos e massacrar e humilhar os pobres.
Notadamente, é interessante para a classe política que seja dessa forma, que ninguém (povo) saiba como funciona a engrenagem política, que diga-se de passagem, caducou, carecendo de uma reforma urgente, que já mais virá e quando vem algo, acontece na forma de alinhavos para permanecer tudo como era antes.
Em um país que tem problemas estruturais, que ainda apresenta traços fortes de paternalismo, de patriarcalismo e de assistencialismo, pouco se avança e se muda na política, que é a ferramenta de transformação de uma nação e da vida do seu povo. Assim vamos elevando a condição de representantes do povo, pessoas que jamais farão isso, se elegem prometendo melhorar a vida das pessoas nos três eixos que as politicas publicas deviam orbitar-educação, saúde e segurança-, quando lá chegam, vão representar corporações e bancadas temáticas, boi, bíblia e bala, exemplificam isso.
O mais espantoso e assustador é que votam para retirar todos os direitos trabalhistas do povo, acabam com a previdência social, desregulamentam o Sistema Único de Saúde (SUS), cortam a verba da merenda e da escola, esse pacote de maldade contra os brasileiros iniciou-se em 2016, ano que digo que não terminou, quando aconteceu o golpe contra Dilma Roussef e foi ampliado pelo atual gestor, colocado no poder por um conjunto de artefatos políticos. O mais triste e que essa gente se apresenta nas eleições como boazinha, reelegendo-se, inclusive.
Assistindo a propaganda eleitoral gratuita, vejo como eles são generosos no mundo do marketing, já que na vida real, com honrosas exceções, são pura maldade para o povo. Desta maneira, caminham nossos representantes de cada dia. Criou-se uma conversa bonita que a eleição é a festa da democracia, puro discurso de manipulação, poder-se-ia afirmar que é o momento mais importante, onde se efetivam as escolhas que devem o deviam ser acompanhadas durante os quatro anos, mas, dizer isso é estar sonhando acordado na terra de quem nem se lembra em quem votou no último pleito.
Portanto, o eleitor deve ficar atento, não vote em quem vota contra você, em quem se alinha a discursos misóginos, golpistas, negacionistas, de ódio, de ataques a minorias e de exclusão. Para o Brasil voltar a sorrir novamente é necessário mudar no executivo, conforme as pesquisas de opinião indicam com a vitória de Lula (maior e melhor presidente que esse país já teve), que vai precisar muito de um legislativo renovado que represente verdadeiramente o povo e não corporações, projetos alucinados e destruidores. Avante um outro legislativo é possível para tornar sua vida melhor, as escolhas corretas dependem só de você…

Por Josinaldo Neves
Jornalista e radialista