Acusada de matar ex-companheira é condenada há 21 anos de prisão

Na última sexta-feira (29) foi realizado o júri popular do caso Leandra Silva, assassinada em 2021. O julgamento que durou cerca de nove horas resultou na condenação de 21 anos de prisão de Joseane da Silva Oliveira, ex-companheira de Leandra, que foi morta por asfixia e ferimentos provocados por objetos cortantes.
A acusada prestou depoimento durante o júri, e chegou a afirmar que não foi a autora do crime, ela também falou que Leandra já tinha sido ameaçada com facas por outra pessoa.
Leandra foi assassinada no dia 22 de dezembro de 2021, na época das investigações, a polícia descobriu que Joseane e a vítima tinham um relacionamento e que as duas tinham muitas brigas e crises por ciúmes, o que possa ter sido a motivação do crime. A polícia classificou o crime como forma passional de cunho homoafetivo.
O Ministério Público pediu a condenação da acusada dizendo que Joseane agiu de forma premeditada, porque se apresentou à polícia apenas três dias depois do crime e se recusou a oferecer materiais genéticos para exame em laboratório.
De acordo com o advogado de defesa, Flávio Falcão, não há nenhuma prova que possa condenar Joseane e por isso, irá recorrer da condenação.

Relembre o caso
Leandra, que na época tinha 25 anos, foi encontrada morta na casa onde morava, no bairro Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa, no início da tarde do dia 22 de dezembro de 2021.
Uma vizinha e proprietária da casa onde a vítima morava ouviu quando Leandra gritou por socorro. Ela contou que foi até o portão da casa e pediu para que Leandra dissesse o que estava acontecendo. Após alguns instantes de silêncio, veio uma mensagem da inquilina por aplicativo: estaria tudo bem e a vizinha não teria motivo para se preocupar, mas isso não se confirmou.
Por volta do meio-dia, uma amiga foi até a casa de Leandra e viu que ela estava morta. A vítima foi atingida por várias facadas e lutou para tentar escapar de quem a agredia.
Foto: Reprodução TV Correio
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