Advogado diz que PMs do Rio estavam destravando arma

Publicado em 1 de outubro de 2015

O delegado André Leiras, da Divisão de Homicídios, afirmou, ma manhã desta quarta-feira (3), que a versão apresentada pelos advogados dos policiais militares suspeitos de forjar a cena do homicídio de um jovem no Morro da Providência, é incompatível com as cenas do crime e não condizem com a versão dos outros.
O advogado Felipe Simão, que defende três dos cinco PMs indiciados, afirmou que a manobra que o policial militar efetuou com a arma de fogo foi para tirar a munição para fazer um transporte seguro da arma. “O vídeo fala por si só. Ele trouxe muitas informações porque a fraude é gritante, é um flagrante”, afirmou André leiras.
Durante a madrugada desta quarta, Simão alegou, em entrevista ao Bom Dia Rio, que os policiais efetuaram o disparo por uma questão de segurança. “Já que a arma estava travada, estava com munição e travada, precisava ser feito o disparo para poder fazer o transporte dela com segurança, entendeu? E aí, ele realmente ficou com medo ali no momento dele mesmo apertar o gatilho para destravar a arma e acabou cometendo esse equívoco de utilizar lá a forma com que foi feita. Mas em momento nenhum ele teve a intenção de modificar a cena do crime ou de praticar qualquer espécie de fraude processual”, afirmou Felipe Simão.
De acordo com o delegado, outro PM também prestou depoimento acompanhado de advogado e apenas um dos policiais desacompanhado no momento do depoimento. Nenhum deles assumiu que o crime foi para manipular a cena do crime. “Eles deram uma justificativa que eles acharam condizente. O procedimento foi feito e vai ser encaminhado para o poder judiciário. Cabe agora ao poder judiciário e ao Ministério Público julgar”, completou o delegado.
Questionado pelo G1 sobre a versão da pessoa que fez as imagens e afirma que o jovem diz ter se rendido, o delegado disse que os PMs alegaram, em um primeiro momento, na 4a DP, que a morte ocorreu em um momento de confronto com criminosos daquela localidade, o que, segundo o delegado, também será objeto de investigação pela Divisão de Homicídios.
“A gente vai destrinchar o crime de homicídio para poder ver todas as circunstâncias de como aconteceu efetivamente se houve confronto ou não e quem estava envolvido ou não. Nós vamos individualizar as condutas dos policiais. Na 4ª DP, eles disseram que o confronto ocorreu com três homens. As equipes estão na rua e A participação da população é muito importante”, explicou Leiras. A pessoa que fez o vídeo prestou depoimento, mas, segundo o delegado, não acrescentou nada que pudesse revelar alguma coisa de diferente para as investigações.
G1

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