Agricultor acusado de tentativa de homicídio se apresenta espontaneamente à polícia e vai responder pelo crime em liberdade

Publicado em 2 de setembro de 2022

O agricultor Erinaldo dos Santos, acusado de tentativa de homicídio, se apresentou espontaneamente nesta quinta-feira (1) à polícia, em Campina Grande, para cumprir com sua palavra de que iria esclarecer tudo e provar sua inocência. Na oportunidade da apresentação ele estava acompanhado pelo advogado Fábio Arruda, responsável por sua defesa.
Ao se apresentar para a autoridade policial Erinaldo dos Santos decidiu usar do seu direito de ficar em silêncio, optando por só falar em juízo. Mas como seu advogado já informou, o agricultor não tentou matar a companheira, mas sim o amante dela. O acusado disse que viu os dois se abraçando e se beijando e, transtornado e tomado por violenta emoção, usou uma espingarda antiga e de funcionamento duvidável, para atirar contra o homem.
Na ocasião havia pouca iluminação no local e a mulher ficou na frente do amante, sendo atingida na barriga por estilhaços do chumbo, mas de forma leve. Ela foi socorrida e medicada, tendo alta hospitalar em 24 horas, podendo assim voltar para casa e continuar com sua vida normal. Para o advogado Fábio Arruda, não se trata na verdade de uma tentativa de homicídio, mas sim uma lesão corporal de natureza leve.
Além de se apresentar espontaneamente o agricultor também foi beneficiado pela Justiça no tocando a poder responder pelo crime em liberdade. A polícia havia pedido sua prisão preventiva, mas seus advogados entraram com uma petição de indeferimento do mesmo, o que foi concedido.
Por fim, Erinaldo dos Santos informou, através de seu advogado, que nunca esteve foragido, mas sempre quis esclarecer os fatos. Ele agora está separado da companheira que diz tê-lo traído e passou a morar na residência de seu pai, no sítio Gravatá, zona rural de Massaranduba.
O advogado Fábio Arruda disse estar convicto de será possível “provar tudo em favor do nosso cliente”, inclusive que uma testemunha de acusação mentiu ao afirmar que o acusado atirou mais de uma vez contra a vítima. No caso ele usou “uma espingarda de chumbo, antiga e que mal funciona”, como arma. A espingarda só tem um cano e só dispara um tiro por vez, ao contrário que disse a testemunha de acusação, comenta o advogado.
Portanto, “não houve intenção por arte do acusado de ceifar a vida da vítima, e sim a do seu amante”, diz Fábio Arruda. Ele diz também que o acusado é réu confesso e que ao presenciar a mulher e o amante juntos foi tomado por forte emoção, o que motivou sua reação, “através de um único disparo a lesão corporal de natureza leve”.

Apolinário Pimentel

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