Água milagrosa
Publicado em 28 de novembro de 2016Queijo Minas é algo absurdamente delicioso.
Fresco, curado, meia cura….
Não importa!
É tudo delicioso.
Assim, eu gosto de queijo, qualquer que seja ele, mas o Minas é simplesmente espetacular.
Com o curado a gente faz pão, biscoito, tapioca. Coloca em cima da comida e inúmeras outras coisas.
Agora, o fresco…
Com o fresco faz-se sanduiche, come com doce, cobre a comida, faz miséria.
Miséria de tanta delícia.
Desde domingo, sobre a geladeira, temos um queijo fresco.
Ele já foi comido de tudo que foi jeito: com doce, puro, nos sanduiches, em cima das comidas…
Enquanto esperava a minha vez de atacá-lo:
“Esse queijo está uma delícia.”
– Está mesmo, pena que daqui a pouco ele fica curado e endurece.
“Só se você deixar.”
Eu levei um susto.
Na minha infinita ignorância o queijo é fresco ou é curado.
Ele nasce fresco e quando chega “a sua hora” ele cura.
Simples assim.
E agora, sem ter nem pra que eu fico sabendo que ele só cura se eu deixar?
Como é isso?
Ela viu o meu espanto e resolveu ajudar:
“ Você quer o queijo sempre fresco? Dê um banho nele todos os dias que ele não ficará curado!”
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo!
E Ela continuou:
“Para o queijo a água é um renovador. Afinal, querendo queijo fresco é só dar um banho de água corrente todos os dias e ser feliz.”
– Eu quero queijo sempre fresco, então, dou um banho no pobre todos os dias? Como assim?
“É isso mesmo, pode seguir com fé.”
Eu, que sou parente de São Tomé, comecei a fazer conforme o recomendado: um banho por dia.
Comi, agora a pouco, o último pedaço de queijo.
Fresco!
Vivi Antunes é ajuntadora de letrinhas e assim o faz às segundas, quartas e sextas no www.viviantunes.wordpress.com