Aliado de Temer, deputado tucano da PB admite renúncia do presidente

Publicado em 18 de maio de 2017

Políticos que integram a bancada federal da Paraíba no Congresso Nacional comentaram, nesta quinta-feira (18), as denúncias feitas contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e avaliaram as possíveis saídas para o país, caso o peemedebista seja afastado ou renuncie ao mandato. A surpresa veio da parte de Pedro Cunha Lima, que apesar de tucano e aliado de Temer, admitiu a possibilidade de haver renúncia do presidente.

Pedro disse que a renúncia ao mandato pode acontecer por conta das denúncias de que Temer teria oferecido propina para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, mas ressaltou que é preciso ouvir o conteúdo das gravações para se dá o norte que o país necessita.

Sobre o possível afastamento do presidente Michel Temer, Pedro lembrou que a Constituição Federal deve servir de norte constitucional. O parlamentar disse que é preciso haver consenso na busca por uma solução para o caso, e chegou a defender a participação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo. “É preciso achar o consenso e uma das alternativas pode ser através da ministra Cármem Lúcia, mas o mais importante é reerguer a nação”, comentou.

Bancada paraibana se pronuncia
O deputado federal Wilson Filho (PTB-PB) disse que o momento é de aguardar os desdobramentos, pois até agora ninguém sabe o que vai acontecer. Segundo ele, o assunto é muito grave e só será esclarecido a partir do posicionamento da Polícia Federal sobre os fatos.

Questionado sobre um possível afastamento do presidente Michel Temer, Wilson Filho disse que desde a saída da presidente Dilma Rousseff a população deseja a realização de eleições diretas no país. “A população está muito apreensiva e deseja que haja eleições diretas”, afirmou.

Para o deputado Efraim Morais (DEM-PB), líder do partido na Câmara, disse se tratar de um momento delicado, que precisa de um aprofundamento e respostas rápidas do presidente Temer.

Sobre a possibilidade de impeachment, o parlamentar disse que a hora é de colher informações para tomar a decisão correta para o país. Como saída para a atual situação, Efraim defendeu o que reza a Constituição Federal. “Não adianta criar uma saída nova e emergencial, fora da Constituição”, frisou.

O deputado Benjamin Maranhão (SD-PB) defendeu uma profunda apuração para, primeiro, se entender o que está acontecendo. “Pelo que está sendo denunciado, é algo muito grave”, disse.

Para o parlamentar, havendo o afastamento do presidente Temer, deve ser costurada uma saída para haver eleições diretas no país.

Ao comentar o clima em Brasília, Benjamin Maranhão disse acreditar que as atividades do Congresso só deverão retornar normalmente a partir da próxima semana. “Pela experiência que tenho vai ficar tudo parado, o que é lamentável, pois justamente no momento em que a economia do país estava reagindo e dando sinais de crescimento”, observou.

O deputado André Amaral (PMDB) disse que é preciso ouvir as gravações para avaliar se realmente os fatos denunciados existiram ou não, para que as coisas não fiquem apenas no campo das especulações. “É preciso entender primeiro o que aconteceu, para que tenhamos um julgamento correto”, afirmou.

Sobre a possibilidade de um afastamento do presidente Temer, o parlamentar defendeu a realização de eleições indiretas no país.

Banner Add

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial