Amadeu admite ter cogitado renúncia, mas garante que permanece na FPF

Publicado em 13 de janeiro de 2016

Fim do mistério. Amadeu Rodrigues segue como presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF). O dirigente admitiu na tarde desta segunda-feira que chegou a pensar em renunciar ao cargo, mas garantiu que segue à frente da entidade máxima do futebol da Paraíba. E foi além. Disse que, após a decepção que sentiu por não ter apoio na sua intenção de mudar o estatuto da instituição, se sente agora mais forte e com mais gana para trabalhar.
Os rumores de que Amadeu deixaria a presidência da FPF começaram no início da semana passada e ganharam força quando o vice Nosman Barreiro confirmou a intenção do presidente de renunciar ao cargo. Segundo Nosman, a renúncia poderia se dar na última sexta-feira. Não foi o que aconteceu. Amadeu ficou recluso, em companhia da família, pensando sobre o momento que vive a Federação e, hoje, decidiu acabar com o suspense. Ele revelou um misto de tristeza e decepção com o resultado da última assembleia da FPF, confessou que pensou em renunciar, mas assegurou que agora está mais empolgado que nunca para seguir no comando do futebol paraibano.
– Tudo aconteceu quando a gente estava trabalhando na mudança do estatuto e sofreu aquela derrota. Eu fiquei muito triste. Passei dois dias em casa, conversando e só via pela imprensa o que estava acontecendo. Mas eu estava trabalhando, conversando com os clubes – explicou Amadeu, referindo-se à repercussão da suposta renúncia.
– Conversei muito com minha esposa e a gente superou. Nós vamos continuar. Voltei com vontade de trabalhar mais ainda pelo futebol paraibano, apesar das dificuldades. Ganhei a eleição com o apoio de Dona Rosilene (Gomes, ex-presidente da FPF, que ficou 25 anos no cargo). Ela me ajudou muito. Eu fui o candidato dela. Vamos trabalhar, vamos para a rua. Inclusive, vamos hoje mesmo ao Iesp conversar com a superintendente de lá e fazer alguns convênios na área médica, na área de fisioterapia, para tratar dos amadores – emendou o presidente.
Sobre o vazamento da notícia a respeito da possibilidade de renúncia, Amadeu disse que tudo não passou de um mal-entendido. Segundo ele, apesar de ter pensado nessa hipótese, conversou sobre o assunto apenas com a sua esposa. Ele garantiu que sequer tratou do assunto com o vice Nosman Barreiro, que foi quem conversou sobre o assunto com a imprensa.
– Não falei. Mas pensei. E o meu pensamento só quem sabe sou eu. Falei só com minha mulher. Eu estava muito chateado. Com Nosman, tive uma conversa mais administrativa: falei da minha chateação, da forma como as coisas estavam acontecendo, disse que estava triste… Talvez ele tenha entendido de outra forma.
Em assembleia geral, na qual Amadeu sugeriu que fossem feitas mudanças no estatuto da FPF, ele não conseguiu apoio dos clubes. A sua principal intenção era acabar com as reeleições seguidas na entidade. Uma vez derrotado na sua intenção, o presidente não escondeu seu desapontamento e teve algumas conversas com representantes dos clubes e também com Nosman.
Amadeu revelou que, nessas conversas, mencionou apenas a sua chateação por não ter conseguido o que queria na assembleia. Mas garantiu que não chegou a falar da sua intenção de renunciar. E descartou qualquer mal-estar com Nosman pelo fato de ele ter levado à imprensa a informação sobre a suposta renúncia.
– Conversei com ele, sem problema algum. Existiu logicamente a má-interpretação, mas a roupa suja foi lavada. Não adianta ficar de picuinha. Ou se une, ou não se vai para lugar nenhum – disparou o dirigente.
– Eu soube depois (que estavam tratando da possibilidade de renúncia). Eu passei esses dias desligado, em casa, conversando com a família, com os amigos mais próximos. Hoje mesmo conversei com Nosman sobre os mal-entendidos. Se ficarmos nessas picuinhas, não chegaremos a lugar nenhum. Uma das decepções minhas foi porque eu pensava que ia juntar mais (os clubes). Eu acredito que saio mais fortalecido, principalmente pelos clubes – finalizou.
Amadeu Rodrigues assumiu o cargo máximo do futebol paraibano no primeiro dia de 2015, ocupando a vaga deixada por Rosilene Gomes, que era presidente da FPF há 25 anos. Ele cumpriu o seu primeiro ano de mandato, tendo que lidar com os problemas de praxe do futebol local: certa desorganização nas competições e instabilidade dos estádios, por exemplo. Agora, ele tem pouco menos de três anos pela frente, tempo pelo qual ele assegurou estar disposto a seguir trabalhando para melhorar o futebol na Paraíba.
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