Após 16 anos de confirmação de troca na maternidade, jovens mantêm relação de irmãs: ‘De duas famílias, a gente formou uma’

Publicado em 23 de abril de 2018

familia2Duas jovens que foram trocadas na maternidade quando eram recém-nascidas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, mantêm uma relação de irmãs até hoje, 16 anos após a confirmação da troca.
Em 2002, um exame de DNA revelou que Danielle Evelyn da Silva e Francielle Lesovski Barbosa foram criadas uma pela família da outra. Mesmo depois do resultado, os pais decidiram não destrocar as duas.
“De duas famílias, a gente formou uma só. Quando perguntam, a gente diz que somos gêmeas. Acho que foi a melhor decisão. A gente já tinha sete anos, não tinha como trocar”, afirma Francielle.

Encontros frequentes
Francielle conta que os familiares se reúnem todos os fins de semana; ela mora, agora, em Foz do Iguaçu e os pais, em Santa Terezinha de Itaipu, a 22 quilômetros. A família adotiva de Danielle continua morando em Santa Terezinha de Itaipu.

Conquistas compartilhadas
As duas jovens compartilham momentos importantes com as duas famílias.
Na formatura de Francielle, que concluiu o curso de enfermagem em dezembro de 2017, os pais adotivos e biológicos foram convidados, assim como os outros filhos dos dois casais. O mesmo aconteceu na festa de formatura de Danielle, formada em administração.

familia22Relembre o caso
Os casais Maria Pereira da Silva e José Silva e Edinilson Barbosa e Ana Maria Barbosa tiveram as filhas Danielle e Francielle trocadas em um hospital de Santa Terezinha de Itaipu, em 1995.
Ainda na maternidade, Maria e José notaram que Danielle (filha que criaram) tinha pele e olhos claros, diferentemente do casal.
Eles juntaram dinheiro para pagar um exame de DNA, que comprovou que a menina não era filha do casal. Com o resultado, os dois buscaram localizar a filha biológica, até que encontraram os pais de Francielle.
As duas famílias contam que sempre desconfiaram que algo poderia ter acontecido, entretanto, somente sete anos mais tarde, em 2002, os exames comprovaram que as jovens haviam sido trocadas.
“Foi difícil. Na verdade eu não queria aceitar. A gente não acreditava. Eu acreditava que isso só acontecia em novela. Demorei um ano para aceitar o resultado do exame”, conta Ana Maria, mãe adotiva de Francielle.
A mãe Ana Maria afirma que o objetivo é unir cada vez mais os familiares das duas. “Quando eu soube da troca, o medo era de perder ela (a filha de criação, Francielle) e, pelo contrário, a gente só ganhou. A união da gente continua sempre, porque é família, e família não separa”, disse.
G1

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