Após criticar lucro abusivo da Petrobrás, governo federal recebe R$ 32 bilhões da empresa

Publicado em 29 de julho de 2022

A Petrobras informou nesta quinta-feira (28) que registrou lucro líquido de R$ 54,330 bilhões no segundo trimestre de 2022. É o maior resultado nominal desde o quarto trimestre de 2020, quando a empresa reportou ganho de R$ 59,9 bilhões. Do total, 36,75% vão para o governo federal, o que representa um montante de R$ 32 bilhões.
Em relação ao período anterior, houve uma alta de 21,9% nos rendimentos da petroleira. Nos primeiros três meses do ano, a estatal teve lucro de R$ 44,561 bilhões.
O resultado do segundo trimestre representa uma alta de 26,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando a companhia reportou ganhos de R$ 42,855 bilhões.
No semestre, a Petrobras chegou a um lucro acumulado de quase R$ 100 bilhões. Os R$ 98,891 representam alta de 124,6% em relação a igual período de 2021.
O lucro do trimestre veio 43% acima do resultado esperado por uma pesquisa da Refinitiv, de R$ 38 bilhões.
“Os resultados do segundo trimestre de 2022 mostram a resiliência e a solidez da Companhia, que é capaz de gerar resultados sustentáveis, seguindo com sua trajetória de criação de valor”, diz em comunicado o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araujo Alves.
“Recolhemos o total de R$ 77 bilhões em tributos e participações governamentais no segundo trimestre, no ano foram cerca de R$ 147 bilhões, um aumento de 92% na comparação com primeiro semestre do ano passado”, prosseguiu.
No segundo trimestre, a produção de petróleo da Petrobras caiu em meio a desinvestimentos de ativos e paralisações crescentes de trabalho que afetaram a produção da empresa.
A produção total de petróleo e gás da companhia no Brasil somou 2,616 milhões de barris de óleo equivalente ao dia no segundo trimestre, uma baixa de 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ainda assim, a estatal registrou receita líquida de R$ 170,9 bilhões, um avanço de 20,7% ante os três meses imediatamente anteriores. O Ebitda Ajustado subiu 26%, atingindo R$ 98,3 bilhões.
“A receita com derivados no mercado interno foi 24% superior ao 1T22, com elevação da receita de todos os produtos, exceto óleo combustível, em função da queda de volume principalmente por não ter havido entregas para geração termelétrica no 2T22”, diz comunicado da empresa.
“Por outro lado, houve queda nas receitas com energia elétrica, tendo em vista o menor despacho termelétrico com a continuidade da melhora nas condições hidrológicas no 2T22”, prossegue.
Os resultados foram impulsionados novamente pela alta de preços do barril de petróleo tipo Brent. Entre o primeiro semestre de 2021 e de 2022, o aumento médio do preço passa dos 65% (de US$ 64,86 para US$ 113,78).
Além disso, as despesas operacionais rodaram no positivo: R$ 627 milhões. No comparativo do semestre, os gastos caíram 50,4% contra o mesmo período de 2021.
Nessa esteira, o endividamento da Petrobras segue em queda. A dívida bruta da estatal passou de US$ 58,554 bilhões para US$ 53,577 bilhões entre o primeiro e segundo trimestres do ano, uma redução de 8,5%.
G1

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