Após falas de Lula e aumento da taxa de juros, dólar segue em queda e fecha a R$ 5,85

Publicado em 31 de janeiro de 2025

Em semana de quedas consecutivas, o dólar fechou nesta quinta-feira (30) a R$ 5,85, uma variação de 0,24%. O valor é o menor desde 26 de novembro de 2024, quando dólar estava cotado a R$ 5,80. A queda ocorre após a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre temas como política externa, aumento dos combustíveis, taxa de juros, crescimento econômico e outros. Além das falas do presidente, a operação da moeda vem seguida da decisão do Fed (Federal Reserve), o banco central dos EUA, e do Banco Central brasileiro sobre a taxa de juros.
O dólar vem apresentando instabilidade em meio à nova gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Pela primeira vez em mais de um mês, a moeda fechou abaixo de R$ 6, no último dia 22. Nessa quarta-feira (29), o Fed decidiu manter a taxa de juros inalterada entre 4,25% e 4,5% ao ano.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2023. A alta foi a quarta consecutiva desde setembro do ano passado. A decisão veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação dos juros.
No início da tarde, Lula afirmou que o aumento na taxa de juros era esperado e que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não poderia “dar um cavalo de pau no mar, em um mar revolto, de uma hora para outra”.
Segundo o presidente, “já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente [Roberto Campos Neto], e Galípolo fez aquilo que entendeu que deveria fazer”.
Ainda no cenário interno, o Tesouro Nacional informou que o governo federal teve déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, mas conseguiu fechar o ano dentro do arcabouço fiscal. Excluídos os gastos para a reconstrução do Rio Grande do Sul, valores considerados fora da meta, o prejuízo ficou em 0,09% do PIB (Produto Interno Bruto).

Emprego no Brasil
O Brasil fechou o ano de 2024 com um saldo positivo de 1,7 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Novo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. O índice mede o emprego com carteira assinada no país.
Os índices mostram que foram 25,6 milhões de admissões e 23,9 milhões de desligamentos formais entre janeiro e dezembro do ano passado. Os números cresceram 16,5% em relação ao saldo registrado de 2023. O mês de dezembro apresentou uma redução de 535.547 de empregos, variação negativa de 1,12%.

R7

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