Após nova cirurgia, Sasaki mantém fé em ir ao Mundial: “Nada é impossível”

Publicado em 28 de agosto de 2015

sazakiOs treinos corriam bem. Após seis meses se recuperando de uma cirurgia no joelho direito, Sergio Sasaki estava liberado para encarar o trabalho no CT de ginástica sem restrições. Mas duas semanas depois, a passagem pelas argolas, quando executava uma maltesa, impôs um novo freio. Com uma lesão no tendão longo do bíceps braquial do ombro direito, sofrida no dia 31 de julho, ele precisou de uma operação. A previsão é de seis semanas de tratamento.
Sasaki segue fazendo trabalho de fisioterapia e mantendo o condicionamento físico em São Paulo. Considerado uma peça fundamental para a conquista da vaga por equipe no Mundial de Glasgow, em outubro, a CBG já trabalha com a possibilidade de não poder contar com seu ginasta mais completo na competição.
– É impossível falar que não estou triste, voltar de uma lesão como ligamento cruzado anterior e logo depois romper o bíceps é algo que eu nunca imaginei acontecer. Mas, ao mesmo tempo, estou muito motivado com esse novo desafio. É muito claro na minha cabeça do que posso conquistar sem lesões, mas é algo que não temos controle, isso faz parte da vida de qualquer atleta de alto nível, mas… Tenho controle do que posso fazer daqui para frente para me recuperar e voltar a competição. Acho que nada é impossível para quem tem fé e trabalha duro. Irei treinar e ter esperanças até o primeiro dia do Campeonato Mundial – disse.
De acordo com o médico do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Breno Schor, Sasaki foi operado no dia 10 de agosto e vem dando boas respostas durante o trabalho de recuperação.
– A lesão não é grave, e a previsão é que ele retorne aos treinos daqui a quatro semanas, se continuar evoluindo bem, da forma que está hoje. Existe ainda a possibilidade de ele ir ao Mundial e fazer alguns aparelhos. Vai depender de como vai evoluir – afirmou.
Por enquanto, para a CBG a probabilidade de contar com ele em Glasgow é pequena. Sem ele, a equipe perde muito sim, mas Leonardo Finco, coordenador da seleção masculina, acredita que ainda assim o time poderá cumprir o objetivo. Se ficar entre os oito na disputa, a vaga nas Olimpíadas do Rio 2016 será assegurada.
– Foi uma lesão completamente inesperada. Havíamos optado para não levá-lo ao Pan de Toronto para tê-lo 100% recuperado para o Mundial e, infelizmente, isso acabou acontecendo. Sergio ficou muito triste no momento, vinha trabalhando muito bem. Ele e nós tínhamos uma aposta muito grande porque viemos de um Pan com um resultado muito significativo e que indicava que nossa classificação seria bastante viável. E com a possibilidade de integração do Sasaki, isso aumentaria mais ainda. Frustra um pouco no primeiro momento, mas aconteceu. O mais importante é que esteja bem recuperado para fazer um trabalho muito bom nos Jogos Olímpicos. Ele tem um período em que vai recomeçar o trabalho. A possibilidade de ir ao Mundial não está descartada, mas é remota – disse o coordenador.
O martelo só será batido bem próximo do campeonato, que será realizado no período de 23 de outubro a 1º novembro. Só depois de 20 ou 30 dias de treinamento, a comissão técnica poderá avaliar se será possível contar com o ginasta.
– Não podemos precisar o quanto disso porque vai depender da recuperação e vamos estudar a possibilidade de fazer algum aparelho. Por enquanto, não estamos contando com ele dentro da equipe. A previsão é que dia 9 de setembro volte aos trabalhos com o grupo. A equipe sem o Sergio sempre vai perder. Ele é o maior generalista que a gente tem. Porém, passamos pelo Pan e alcançamos os objetivos sem ele. E é isso que estamos trabalhando para o Mundial. É claro que a gente perde, mas os ginastas que estão aqui são aptos a substituí-lo e a gente não deixar nosso objetivo de lado, que é classificação olímpica. Eu ainda acredito muito que vamos conseguir.
Globoesporte

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