Arthur Lira é eleito presidente da Câmara dos Deputados

Publicado em 2 de fevereiro de 2021

O deputado Arthur Lira (PP-AL), 51 anos, será o presidente da Câmara pelos próximos 2 anos. Ele era o favorito e foi eleito nesta 2ª feira (1º.fev.2021) com 302 votos no 1º turno –precisava de 257. Seu principal adversário era Baleia Rossi (MDB-SP), que teve 145 votos.
O resultado é uma vitória para Jair Bolsonaro. O presidente da República agora terá um aliado à frente da Casa. Rodrigo Maia (DEM-RJ), que presidia a Câmara de 2016, teve atritos com Bolsonaro em diversos momentos e barrou projetos que são caros ao bolsonarismo.
Mais cedo, o Senado elegeu Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como seu presidente. Ele também é aliado de Bolsonaro. Agora, em tese, o presidente da República terá mais facilidade para entregar a seu eleitorado mudanças conservadoras na vida do país, que prometeu na campanha para chegar ao Planalto em 2018. Isso é importante para manter uma base de apoio até 2022, quando tentará reeleição.
Também poderá ter mais facilidade com propostas da área econômica. Ainda que a agenda de Baleia Rossi tenha pontos de contato com a do ministro da Economia, Paulo Guedes, o candidato estava aliado a partidos de esquerda, o que poderia dificultar a tramitação dos projetos liberais.
Com a vitória de Arthur Lira, aliados de Jair Bolsonaro esperam que sejam votados projetos para facilitar o porte de armas e regulamentar a mineração em terras indígenas, por exemplo.
Esse tipo de proposta só sai do papel com o consentimento do presidente da Câmara porque é prerrogativa do cargo definir quais projetos os deputados vão analisar e quando.
Ter um aliado à frente dos deputados também é importante para o Executivo porque é o presidente da Câmara quem decide se pedidos de impeachment terão andamento ou não.
Ao longo da campanha Lira prometeu chegar a um acordo para instalar a CMO (Comissão Mista de Orçamento) e aprovar o Orçamento de 2021 ainda em fevereiro.
Também falou em votar as reformas administrativa e tributária no 1º semestre. Além da PEC Emergencial, que dá ao governo permissão para cortar gastos obrigatórios.
Lira aproximou-se de Bolsonaro ao longo de 2020. Intermediou e articulou a transformação de seu grupo político na Câmara em apoio ao governo. Assim, tornou-se o candidato preferido do Palácio do Planalto.

Foto: Sérgio Lima/Poder360
Poder360/MSN

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