‘Assunto encerrado’, diz Arthur Lira sobre proposta do voto impresso

Publicado em 11 de agosto de 2021

O presidente da Câmara dos Deputados, Arhtur Lira (PP-AL), afirmou na noite desta terça-feira (10), logo após a rejeição do voto impresso pela Casa, que a proposta agora é “assunto encerrado” na atual legislatura.
Em uma derrota ao governo Bolsonaro, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tornaria obrigatório o voto impresso teve 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. Eram necessários 308 votos favoráveis para que a PEC fosse adiante.
“Esse assunto está, nesse ano, com esse viés de constitucionalidade, encerrado. Nós não teríamos tempo, nem espaço para iniciar nova discussão. Há possibilidade de uma discussão no Senado, que eu também, pela longevidade da PEC, não vejo clara”.
Ele, porém, afirmou que os chefes dos Poderes têm como “obrigação” se reunir para discutir possíveis melhorias ao sistema eleitoral. Neste sentido, Lira contou que deve procurar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para começar as discussões.
“É importante que haja o bom senso do Poder Executivo, do Judiciário, para que todos nós possamos nos sentar e escolher uma maneira racional, clara objetiva de aumentarmos a transparência, auditagem das dúvidas que por acaso ainda possam pairar em cima do sistema eleitoral.”
Com os recentes conflitos entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o encontro deve demorar a acontecer. Novos ataques do mandatário aos ministros dos tribunais levaram o presidente do STF, Luís Fux, a suspender o diálogo entre os Poderes.
Lira ainda comentou que o Bolsonaro (sem partido) não protestará contra o resultado. Nas últimas semanas, o mandatário fez ameaças às eleições com urna eletrônica, condicionando a possibilidade do pleito ao voto impresso. Os arroubos deram início a briga contra o ministro do Supremo Luís Barroso e, posteriormente, contra o TSE.
“Não acredito que haja outro comportamento por parte do presidente Bolsonaro. Como eu disse, ele disse que respeitaria – e eu acredito – o resultado do plenário da Câmara dos Deputados”.
O presidente da Câmara colocou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na pauta do plenário da Casa mesmo depois de comissão especial do Congresso rejeitar a proposta. Na votação geral, a lei foi rejeitada mesmo com a maioria dos votos a favor (229), já que não alcançou os 308 votos necessários para uma PEC ser aprovada.
Foto: LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
R7

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