Ataques cibernéticos tiram site oficial do Kremlin do ar em meio à guerra na Ucrânia
Publicado em 27 de fevereiro de 2022O site oficial do governo russo saiu do ar neste sábado (26), em meio à ofensiva da Rússia ao território da Ucrânia. A queda da página oficial do Kremlin é o resultado de uma série de ataques cibernéticos feitos aos endereços do governo russo e da mídia estatal, informa a agência de notícias Reuters.
Desde de a última quinta-feira (23), diversas páginas relacionadas ao governo russo estão indisponíveis, incluindo o site da câmara baixa Duma e do Ministério de Defesa da Rússia. A ofensiva hacker foi confirmada pelo observatório NetBlocks, que monitora a liberdade de acesso à internet.
No começo da semana a Ucrânia também foi alvo de um ataque cibernético, que tentava apagar dados dados de computadores no país. A ação foi identificada na terça-feira (23) pelas empresas de segurança digital ESET e Symantec.
Twitter bloqueado e Facebook limitado
A Rússia bloqueou o Twitter e ameaçou fazer o mesmo com o Facebook após um confronto por “censura”, informaram os repórteres Joe Tidy e James Clayton, da BBC News. A NetBlocks diz que o Facebook e o Instagram parecem estar funcionando normalmente, mas os serviços do Twitter começaram a ser interrompidos na manhã deste sábado (26).
O perfil oficial de suporte do Twitter explica que a companhia tem conhecimento do bloqueio e que “vai continuar trabalhando para manter o serviço seguro e acessível”.
Especialistas da ONG de segurança cibernética dizem que há uma restrição total ou quase total no Twitter na Rússia. O incidente acontece por conta do conflito entre o Kremlin e as plataformas de mídia social sobre a política em relação aos vídeos e fotos mostrando cenas da guerra na Ucrânia.
O órgão de controle de comunicações da Rússia disse que está “limitando o acesso” ao Facebook a partir desta sexta-feira(25), acusando a rede social dos Estados Unidos de censurar a mídia russa e violar os direitos humanos e de seus cidadãos. O Facebook disse que se recusa a parar de checar fatos.
Foto: Reprodução
G1