Bandidos aterrorizam a cidade de Criciúma/SC

Publicado em 4 de dezembro de 2020

A sociedade não pode mais conviver com a bandidagem potencialmente perigosa atuando no Brasil. Agora mesmo a cidade de Criciúma, em Santa Catarina, foi palco de audaciosa quadrilha de assaltantes de bancos, que agindo de forma profissional, expôs a fragilidade do sistema de segurança não só estadual, municipal, como também nacional.
Fato semelhante de assalta a banco ocorreu na madrugada desta quarta-feira (2) na cidade de Cametá, no Pará.
O Congresso tem de votar leis rígidas de proteção social. A falta de endurecimento das penas tem contribuído para a bandidagem profissional desdenhar do peso da punição das leis penais brasileiras. Ressalte-se que esses indivíduos assaltantes de bancos não são vítimas das disparidades sociais, mas sim elementos que optaram pela vida criminosa.
Por que a ficção jurídica da chamada cláusula pétrea que proíbe a instituição das penas de morte e prisão perpétua no Brasil continua a subsistir se não existem direitos nem constituições absolutas? Tudo não é definitivo, mas sujeito à mutação no tempo.
Vejam só a audácia: terroristas profissionais ou ladrões de bancos sitiaram, nesta segunda-feira (29/11), a cidade de Criciúma/SC. Detonaram explosivos. Entraram em confronto com a polícia, deixando dois feridos. Espalharam dinheiro pela rua. Causaram o maior pandemônio entre os moradores, conflagrando, assim, a cidade em verdadeiro palco de guerra, com balas cuspindo para todos os lados.
Não se trata aqui, reitero, de vítimas de distorções sociais, mas de profissionais criminosos atuando com desenvoltura nas barbas de nossas autoridades policiais, judiciais e parlamentares.
Este é o quadro sombrio por que passa o Brasil atual – falta de segurança pública -, onde as leis penais brasileiras são bastante pusilânimes e lenientes com a bandidagem. Por isso, os bandidos terroristas assaltantes de bancos desafiam as autoridades aterrorizando as cidades.
O que fazem os congressistas, em Brasília, que não votam leis duras para combater a petulância da bandidagem que tomou conta do país? Enquanto perdem tempo com politicagem de interesse partidário, o povo aqui fora come a comida que o diabo amassou e não tem mais a quem apelar. Os parlamentares por acaso respeitam bandidos para não sobrecarregar as penalidades contra as facções criminosas?
Se os entes que dão segurança à sociedade, incluindo o Legislativo e o Judiciário, não tivessem medo de bandido, esses sindicatos criminosos já teriam sido abortados com mão de ferro há muito tempo.
Recentemente, o ministro do STF, Marco Aurélio, talvez por medo de bandido, libertou um traficante de alta periculosidade, que o Estado havia dispendido muito dinheiro para a sua prisão. E o criminoso saiu tranquilo pela porta da frente do presídio, sendo recepcionado por seu advogado em carro de luxo, que o esperava, zarpando para lugar incerto, pois o endereço informado pelo bandido à Justiça era falso.
A nossa Constituição precisa ser revista, mormente no capítulo dos Direitos Individuais. Não pode um criminoso de alta periculosidade, por exemplo, traficantes, estupradores contumazes, terroristas assaltantes de bancos etc., ser sopesado na mesma balança da Justiça que sentencia um ladrão de galinha. São criminosos de potenciais diferenciados, que deveriam ser tratados de forma diferenciada.

Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
juliocmcardoso@hotmail.com

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