Bandidos atiram em cadeirante por não sair do carro durante assalto

Publicado em 24 de junho de 2016

A polícia prendeu um dos bandidos que atacaram um cadeirante que esperava o filho em frente a escola em Pirituba, na Zona Oeste de São Paulo. Câmeras de segurança ajudaram a identificar os assaltantes que levaram o carro e deram dois tiros no comerciante. O cadeirante ficou com graves sequelas.
O crime aconteceu no dia 1º de abril, pouco depois das 19h30. Dois meses e meio depois, policiais do Deic prenderam Felipe Matheus Barbosa, de 18 anos, que escondia o revólver e algumas balas em casa. E identificaram Wesley Gaudêncio Alves, também de 18 anos. Segundo a policia, foi ele quem atirou no comerciante e está foragido. Um terceiro homem que participou do ataque ao comerciante foi identificado à tarde pela polícia.
As câmeras de segurança gravaram o momento em que três homens saíram de uma viela e foram em direção ao carro do comerciante, que estava estacionado mais à frente. As imagens não mostram o momento em que a vítima é baleada e arrancada do carro.
Todo dia o comerciante parava no mesmo lugar, na porta da escola para esperar o filho de 11 anos. O assalto aconteceu um minuto antes do menino sair pelo portão e entrar no carro. Com medo do filho chegar e com uma arma apontada para a cabeça, o comerciante disse que só tentou por as mãos no volante e dizer que tinha dificuldade de se levantar.
O carro dele tem adesivos que informam que o proprietário é cadeirante.

Sequelas
Com duas balas alojadas no corpo, o comerciante tem dificuldade pra falar. Mas lembra bem o que o bandido falou. “Ele pedia pra não reagir, não reage, não reage, mas no momento só olhei. Mesmo assim ele efetuou o disparo, deu um, eu caindo pra frente efetuou o segundo no pescoço”, relata.
Na fuga, um dos bandidos não conseguiu abrir a porta do carro roubado e entra pela janela. Deixado na calçada, o comerciante só pensava no filho, que sempre o ajudava.
“Após o acontecido um dos pais de alunos entrou com meu tênis pra dentro da escola, como ele me ajuda a calçar a tênis pela minha deficiência, ele reconheceu o tênis e ele ficou em choque né.”
“São criminosos contumazes que não tem, não demonstraram inclusive aqui em entrevista preliminar nenhum arrependimento, pelo contrário nós estamos lidando aí com um criminoso aí bem cruéis”, Fabiano Fonseca Barbeiro.
Agora o comerciante tenta se recuperar e diz que sua vida mudou mais uma vez. “Qualquer movimento que tem próximo do carro você se assusta muito fácil. Às vezes quero ir no shopping e meu filho fala: ‘Não papai, vamos ficar em casa’. Está traumatizado. Antes ele pedia pra sair, agora ele pede pra ficar em casa.”
G1

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