Bolsonaro diz que no Brasil “temos liberdade ainda”, mas “tudo pode mudar”. Para ele, quem decide são as Forças Armadas

Publicado em 18 de janeiro de 2021

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (18) que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas”.
De acordo com Bolsonaro, no Brasil “temos liberdade ainda”, mas “tudo pode mudar” se homens e mulheres que compõem as Forças Armadas brasileiras não tiverem seu valor reconhecido.
“Quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam. O Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor desses homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar”, disse Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
O vídeo do encontro foi publicado, com cortes, em uma rede social. O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, também publicou trechos da conversa na internet.
O presidente disse ainda que “que querem levar o Brasil para o socialismo” e que as Forças Armadas foram “sucateadas”.
“Porque que sucatearam as Forças Armadas ao longo de 20 anos? Porque nós militares somos o último obstáculo para o socialismo”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que, se o PT tivesse chegado ao poder, e não ele, o ministro da defesa poderia ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uso emergencial da vacina
Na mesma conversa, Bolsonaro também fez sua primeira manifestação pública após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de aprovar o uso emergencial de duas vacinas (CoronaVac e de Oxford) contra a Covid-19 no Brasil. Em recado ao governador de São Paulo, João Doria, Bolsonaro afirmou que o imunizante “é do Brasil, não é de nenhum governador não.”
Dória deu início à vacinação em São Paulo no domingo (17), minutos depois da aprovação do uso emergencial pela Anvisa, antes do previsto pelo Ministério da Saúde e da distribuição das doses para outros estados.
Antes da aprovação pela Anvisa, Bolsonaro questionou diversas vezes a eficácia da CoronaVac devido à sua origem chinesa. Em outubro, o presidente chegou a suspender um acordo entre o Ministério da Saúde e o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac. Ele também havia dito que não compraria vacina da China.
G1

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