Bolsonaro ´esquece´ que Lula sancionou liberdade religiosa e criou marcha para Jesus e divulga fake news que ele vai fechar igrejas evangélicas
Publicado em 16 de agosto de 2022
No primeiro dia de campanha eleitoral em 2022, Jair Bolsonaro (PL) já demonstra querer adotar a mesma estratégia utilizada em 2018: a disseminação de mentiras para atacar e descredibilizar seus adversários.
Mirando o ex-presidente Lula (PT), líder em todas as pesquisas, Bolsonaro amplificou nesta terça-feira (16), em publicação no Twitter, uma fake news espalhada por seus apoiadores nos últimos dias.
Ele sugere na postagem, sem citar o ex-presidente, mas falando nos que “amam o vermelho”, que Lula persegue religiões e que defende o fechamento de igrejas.
Ao contrário do que sugere Bolsonaro, Lula foi quem sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003, e também a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009
Já a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro, portanto, mostra quem realmente se opõe a algum tipo de religião: no último dia 9, ela compartilhou no Instagram um vídeo preconceituoso contra Lula e religiões de matriz africana. “[Lula] entregou a alma para vencer essa eleição”, dizia a legenda do vídeo.
Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a campanha de Bolsonaro tem em mente usar a ligação da esposa de Lula, a socióloga Rosângela Silva, a Janja, com religiões de matriz africana para atacar a imagem do ex-presidente, principalmente junto ao eleitorado evangélico.
Brasil 247