Brasil caminha para um avanço no PIB próximo a 4,5% em 2021

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a adoção de medidas de estímulo à economia, o Brasil caminha para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo a 4,5% no fechamento de 2021. Esse desempenho deverá confirmar o cenário otimista projetado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a recuperação da atividade econômica este ano.
Em um cenário base, a projeção era de um crescimento do PIB de 3% em 2021, considerando um retorno da atividade econômica desde maio, com a redução das medidas de isolamento social e o controle da pandemia.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, no entanto, afirmou que, apesar de problemas como o aumento no contágio pela Covid-19 e a alta na inflação, outros fatores positivos têm contribuído para uma recuperação da economia. Entre eles um impacto menor da segunda onda sobre a atividade industrial, a liberação gradativa do setor de serviços e a oferta de insumos e matérias-primas no mercado para a produção industrial.
“Em março, quando divulgamos a projeção para um crescimento do PIB de 3% em 2021, considerávamos um cenário base. Diante dos resultados do primeiro semestre, nossas expectativas caminham mais fortemente para a concretização do cenário otimista, de crescimento próximo a 4,5%”, disse Azevedo.
O panorama foi apresentado nesta terça-feira (22) durante o 16º Briefing Diplomático da CNI. Ao todo, participaram da reunião virtual 69 representantes diplomáticos de 40 países.
Mudanças recentes contribuem para atual quadro político no Brasil
Durante o encontro, a diretora de Relações Institucionais da CNI, Monica Messenberg, apresentou também as recentes mudanças que contribuíram para o atual quadro político no Brasil.
Elas vão desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da reeleição dos presidentes da Câmara do Senado, passando pela possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer às eleições de 2022 até a criação da CPI da Pandemia.
Na área econômica, a diretora destacou avanços como a aprovação da nova lei de Licitações e da nova Lei do Gás e da admissibilidade da reforma administrativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ela citou ainda a realização de leilões na área de saneamento, a retomada de investimentos no país e um avanço nas parcerias público-privada, entre outras medidas.
“Há ainda uma perspectiva de que, com a vacinação em massa da população, tenhamos uma possibilidade de retomada no crescimento econômico”, disse a diretora.