Brasil completa 6 meses de vacinação com 15,7% da população completamente imunizada: duas doses

Publicado em 17 de julho de 2021

O Brasil completa neste sábado (17), seis meses do início da vacinação contra a Covid-19 com 15,7% da sua população completamente imunizada com as duas doses da vacina ou com a dose única.
O país aplicou a primeira dose da CoronaVac em uma enfermeira de São Paulo logo após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial da vacina em janeiro.
Desde então, mais de 120 milhões de doses desta e de outras vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas nos braços dos brasileiros em meio ano de campanha nacional de imunização.
Nesta reportagem você vai ver como está a situação de países como os Estados Unidos, Reino Unido, China e Israel, e a relação das vacinas com as quedas nas mortes por Covid-19.
Os países escolhidos para esta comparação foram os primeiros a iniciar uma campanha de vacinação em massa, todos dentro da mesma semana, entre 13 e 20 de dezembro de 2020. O Brasil começou cerca de um mês depois, em 17 de janeiro.

Controle em 6 meses
Entre os países analisados, apenas o Brasil manteve uma tendência de alta do número de mortes, proporcional à sua população, durante estes seis meses de campanha.
As curvas de mortes na China e em Israel, por exemplo, se mantiveram estáveis e baixas – no país asiático, ela ficou em zero durante todo o período.
A evolução das mortes no Reino Unido começa a desacelerar por volta do 100º dia de vacinação, já nos EUA, elas vinham em um patamar alto, mas tiveram uma queda acentuada.

Alto número de mortes, mas tendência de queda
Ainda com uma alta contagem diária de mortes – com médias superiores a 1 mil por dia –, o Brasil sinaliza uma tendência de queda no registro de óbitos após o pico em abril deste ano.
A queda das mortes, entre maio e junho, acompanhou o avanço na vacinação quando o país saltou de 15% da população com ao menos uma dose da vacina para cerca de 30% da população com a primeira dose – em julho, esse número chegou a 43%.
No entanto, apenas 15,7% da população adulta do Brasil conseguiu até o momento a proteção completa conferida com as duas doses do imunizante – ou com a vacina de dose única – essencial para evitar a transmissão e o aumento nos casos e mortes pela doença.

Atrasos nas entregas para o Brasil
O Brasil ainda precisa aplicar 200 milhões de doses para imunizar toda a população com mais de 18 anos contra a Covid-19 – parcela que abrange cerca de 160 milhões de habitantes do país – segundo estimativa feita por pesquisadores da USP e UFRJ.
Para o Ministério da Saúde, esta meta poderá ser batida até o fim do ano – e para conseguir cumpri-la, os estados e municípios se baseiam na projeção de entrega de doses pelo governo federal, que nem sempre se confirma.
Em abril, o cronograma do Ministério da Saúde previa mais de 52 milhões de doses em junho. Entre maio e junho, essa projeção foi revisada cinco vezes. No final de maio a expectativa já tinha caído para 43 milhões de doses.
No fim de junho, total repassado a estados e municípios foi de 39.967.810 – 12,2 milhões de doses a menos. A previsão de entregas para julho é de cerca de 40 milhões, segundo o Ministério da Saúde, que prometeu 662 milhões de doses até dezembro.
Só que nesta contagem estão cerca de 20 milhões de doses da Covaxin, que teve o contrato suspenso por suspeitas de irregularidades e 10 milhões da Sputnik V, que só pode ser usada – por decisão da Anvisa – para a vacinação de 1% da população de seis estados do Nordeste.
G1

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