Cão é adotado após ficar quatro meses na frente de hospital à espera de dono que morreu

Publicado em 11 de março de 2018

campeaoA espera do cachorro, que ficou na frente da Santa Casa de Novo Horizonte (SP) durante quatro meses aguardando o dono que morreu, terminou com um final feliz nesta sexta-feira (9). O Campeão, como é chamado agora, foi adotado e ganhou um novo lar.
Antes da adoção, o animal foi levado para uma clínica veterinária por Marco Antônio Rodrigues, que ficou sabendo da situação e decidiu resgatá-lo.
“Ele ficava na porta do hospital todo dia, mas o importante é que os funcionários do hospital deram apoio. Na maioria das vezes as pessoas expulsam o animal do local. Espero que agora ele possa ter uma vida feliz com esses novos donos”, afirma.
Na clínica, Campeão passou por tratamento, tomou banho e colocou as vacinas em dia. Quem arcou com as despesas foi uma mulher que também se sensibilizou com a fidelidade dele.
Em entrevista ao G1, a nova dona, Letícia Fátima Nawas Botoluci, de 30 anos, que trabalha no hospital, contou que escolheu o nome por considerar ele um vencedor.
“Eu o acompanhei desde que chegou ao hospital. Acho que o nome Campeão representa o fim da história. Ele teve persistência de ficar na frente do hospital por todo esse tempo, e agora com final feliz, acho que é um campeão.”
O cão não havia recebido um nome durante os quatro meses de vigilia na frente do hospital, mas ganhou carinho, água e comida das funcionárias. Uma delas era a própria Letícia.
“Como ele sempre ficava lá, nunca pensei em adotá-lo. Mas quando o levaram para o canil, para ser adotado, eu fiquei triste. Por sorte, ele acabou fugindo do canil e voltou para o hospital. Foi aí que fiquei mais emocionada com a história dele e, para não perdê-lo, resolvi adotar”, afirma.
O cachorro permanecerá mais alguns dias na clínica veterinária, e deve ir para a casa da família da Letícia nos próximos dias. Na residência, ele terá a companhia de outro amigo: um cachorro que também mora no local.
A nova dona afirma que Campeão será muito bem tratado e que aquele olhar triste vendo o interior do hospital, com o tempo, será transformado. “A gente no hospital sempre o tratou muito bem, e ele é muito dócil. Com certeza terá bastante amor e carinho”, finaliza.

*Sob supervisão de Marcos Lavezo
G1

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