Caso da menina Madeleine está prestes a ser encerrado. E o caso Rebeca caiu no esquecimento
Publicado em 6 de setembro de 2015Um antigo chefe da polícia britânica, John O’Connor’, admite estar prestes a parar as investigações em relação ao sumiço de Madeleine McCann. A menina desapareceu em 2007, do Algarve, em Portugal.
O policial questionou se os gastos desta investigação justificam o prosseguimento do caso apesar de não se encontrar nenhuma prova em concreto.
Até agora, a Scotland Yard já gastou cerca de 15 milhões de euros( 63 milhões de reais) mas nenhuma detenção foi feita. A equipe de 31 pessoas, que integra a ‘Operação Grange’, foi criada especialmente para investigar o desaparecimento de Maddie após um pedido dos pais da criança a David Cameron, em 2011.
Há oito anos que Maddie está desaparecida. Entre o dinheiro gasto estão viagens a Portugal, salários, horas extra e muito mais.
Caso se prossiga com as investigações até abril do próximo ano mais um milhão será gasto, ou seja, muito mais do dobro do que o primeiro-ministro britânico tinha prometido que gastaria quando lançou a operação.
“Se não há pistas e com isto digo, informações relevantes de suspeitos então é melhor começar a pensar em terminar com a investigação”, explica o polícia, acrescentando que “não pode continuar a seguir sombras”.
O agente revela que estes 31 policiais destacados para o caso poderiam estar ajudando outras equipes de investigação que se concentram no combate ao Estado Islâmico que é uma ameaça bastante real, em vez de estarem presos a esta investigação que nenhum avanço faz.
Várias foram as teorias que surgiram sobre o desaparecimento de Maddie, que teria agora 11 anos, desde rapto por um pedófilo, morte durante um assalto, rapto por traficantes ou morte num acidente no próprio apartamento. Nada ficou provado.
CASO REBECA
A promotora de Justiça do 1º Tribunal do Júri da Capital, Artemise Leal, revelou que o homem apontado pela Polícia Civil da Paraíba como suspeito de ser o mandante da morte da estudante Rebeca Cristina, 15 anos, em 2011, foi o padrasto. A revelação foi dada ao programa Correio Debate, 98 FM, durante entrevista exclusiva nesta sexta-feira (17). A mãe de Rebeca disse que o DNA de um policial militar foi coletado na quinta-feira (16), ou seja, seria um novo suspeito investigado no caso.
“Faltam elementos e provas que liguem ele [padrasto] ao executor. O suspeito nega o planejamento da morte da estudante. Não posso fazer a denúncia sem ligações contundentes da participação dele no assassinato da garota”, disse a promotora.
A promotora ressaltou que, quatro anos depois da morte da adolescente, a Polícia ainda não teve êxito em descobrir o executor do crime mesmo possuindo o perfil genético, através do exame de DNA. Artemise Leal destaca ainda que requisitou novas diligências investigatórias com o intuito de fortalecer os indícios de autoria em relação aos investigados no caso.
Nessa quinta (16), o suspeito de ser o mandante da morte da estudante foi ouvido pelo delegado Glauber Fontes, que investiga o crime. O depoimento do homem foi colhido na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), na Capital, cumprindo mais diligências requisitadas pelo Ministério Público (MP). De acordo com a promotora o objetivo dessas diligências é trazer mais indícios do envolvimento dele no crime, depois que teve o pedido de prisão preventiva nega.
PADRASTO FALA E PARABENIZA A POLÍCIA
Ainda durante o Correio Debate, o padrasto de Rebeca Cristina, concedeu entrevista e disse que parabeniza a polícia pelo trabalho realizado, afirmando que dentro de oito dias o caso vai ter novidades.
“Não falo sobre a investigação. Aguarde oito dias e a gente conversa depois. Isso prova que a polícia está trabalhando e não está de braços cruzados. Recebo com muita alegria e satisfação o mandado de prisão contra mim. Eu sou inocente”, disse o padrasto.
Sindicância foi aberta e vai ouvir suspeitos citados no inquérito
Ainda durante o Correio Debate, o coronel da Polícia Militar, Lívio Delgado, confirmou que uma nova sindicância foi aberta na quinta-feira (16) para ouvir todos os suspeitos citados no processo.
“Foi aberta uma nova sindicância e temos 20 dias, prorrogáveis, para ouvir novamente todos os citados no inquérito. Temos que ter bastante responsabilidade e aguardar o desenrolar e o desfecho disso tudo. Vamos aguardar a chegada de novos fatos, ouvir, averiguar e apresentar a conclusão da nossa sindicância. Espero que esse caso seja desvendado para que o real suspeito seja apresentado à sociedade. Mas, da forma como a promotora falou tem que ter provas e conclusões. Para à Justiça o que vale são as conclusões e as provas”, falou o coronel Lívio.
Mãe de Rebeca pede medida protetiva e chama esposo de “psicopata”
Após conceder entrevista no Correio Debate, o coronel Lívio Delgado entrou em contato com a mãe de Rebeca Cristina. Segundo a repórter Mislene Santos, da 98 FM, que estava no local no momento da ligação, a mãe de Rebeca Cristina pediu proteção policial.
“A mãe de Rebeca recebeu a ligação do coronel Lívio Delgado, pediu proteção policial e que o seu esposo saísse de casa. Ela foi orientada pelo coronel a ir na Delegacia da Mulher e solicitar uma medida protetiva. Segundo coronel Lívio, o padrasto de Rebeca vai sair de casa e morar no 1º Batalhão da Polícia Militar, onde ele é lotado”, disse Mislene.
Após a ligação do coronel, a mãe de Rebeca confidenciou que tem a certeza da participação do esposo no crime.
“Ele é um psicopata. Ele não estuprou, mas tenho certeza que ele participou [do crime], porque Rebeca não iria entrar em um carro ou subir em uma moto de um desconhecido”, teria dito a mãe de Rebeca.