Chamego eterno: pesquisadores encontram na China esqueletos abraçados há 1.500 anos

Publicado em 27 de agosto de 2021

Arqueólogos encontraram dois esqueletos abraçados de cerca de 1.500 anos na região norte da China, de acordo com uma publicação no periódico científico “International Journal of Osteoarchaeology”.
É o primeiro casal encontrado abraçado dessa forma na China, disse Qian Wang, o principal autor do estudo e um professor associado no departamento de Ciências Biomédicas na faculdade de Odontologia da universidade Texas A&M.
Enterros de casal não são raros na China, mas esse, especificamente, está colocado propositalmente para demonstrar afeto entre os dois.
Os esqueletos são de pessoas que viveram na dinastia Wey, que dominou a região entre 386 e 534.
“Nessa época, a China era bastante liberal —havia tanto casamentos livres (em que homens escolhiam mulheres ou mulheres escolhiam homens) como casamentos arranjados”, disse Wang ao G1.

Sacrifício para enterro em conjunto
Pode ser que a mulher tenha se sacrificado para ter sido enterrada com o marido, de acordo com os pesquisadores.
Os cientistas dizem que é pouco provável que o homem e a mulher tenham morrido ao mesmo tempo —não há sinais de violência, doença ou envenenamento. Talvez o homem tenha morrido antes, e a mulher tenha se sacrificado para que eles pudessem ser enterrados em conjunto. O contrário também pode ter ocorrido, mas o esqueleto dela estava em um estado melhor.

Primeiro enterro como esse descoberto na China
O homem tinha cerca de 1,61 metro de altura e tinha um braço quebrado, estava sem uma parte de um dedo da mão direita e um esporão ósseo. Estima-se que tenha morrido quando tinha uma idade entre 29 e 35 anos.
A mulher tinha 1,57 metro e não tinha problemas ósseos quando morreu. Ela devia ter uma idade entre 35 e 40 anos.
“Essa é uma sepultura excepcionalmente bem preservada. A preservação depende de muitos fatores, como o formato do jazigo e condições do ambiente. Este é o primeiro sepultamento de um casal em um abraço encontrado em qualquer lugar a qualquer momento na China, e o primeiro a ser descrito cientificamente no mundo”, afirma Wang.
Foto: Qian Wang/Cortesia
G1

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