Desempenho da pequena indústria registra recorde histórico

Publicado em 12 de novembro de 2020

A reabertura das atividades econômicas e a recuperação da economia ao longo do terceiro trimestre impulsionaram os resultados do Panorama da Pequena Indústria, da Confederação Nacional de Indústria (CNI). Índices de desempenho e situação financeira tiveram alta, com destaque para o primeiro indicador, que registrou um recorde histórico em 52,3 pontos. A confiança e as perspectivas da pequena indústria, depois de sucessivas altas, oscilou negativamente em outubro.
O desempenho da pequena indústria, que no fim do trimestre anterior, em junho, estava em 41,3 pontos, abaixo da média histórica, iniciou o terceiro trimestre com alta significativa, saltando para 46,2 pontos em julho. Nos meses subsequentes passou para 49,7 pontos em agosto e alcançou 52,3 pontos em setembro, maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2012.
“A elevação do índice de desempenho da pequena indústria reflete a melhora no processo de recuperação econômica da pequena indústria e o nível do índice de setembro revela aquecimento da atividade das empresas do setor”, destaca o relatório técnico.
Impactada pela crise gerada a partir da pandemia do novo coronavírus, a situação financeira da pequena indústria, que já tinha apresentado recuperação no segundo trimestre, registrou sinais de melhora substancial no terceiro trimestre. O Índice de Situação Financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre de 2020, após alta de 8,7 pontos em relação ao segundo trimestre. O índice é o maior desde o fim de 2013, quando ficou em 43,8 pontos.
Pequena indústria aponta a falta de insumos ou alta no preço como principal problema
O painel com os principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas industriais no terceiro trimestre de 2020 ainda reflete dificuldades relacionadas aos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira. Para os segmentos de transformação e construção, a falta ou alta no custo de matéria-prima foi o principal problema enfrentado no terceiro trimestre com percentuais substancialmente maiores que os registrados em junho.
“O crescimento desse problema reflete a redução dos estoques desde o início da pandemia, a desmobilização das cadeias produtivas e o descompasso entre a oferta e demanda de insumos com a rápida e inesperada recuperação da atividade, além dos impactos do câmbio sobre os preços”, explica o relatório técnico.
Já as empresas extrativistas apontaram a falta ou alta no custo da energia como a maior dificuldade enfrentada no terceiro trimestre. Nos três segmentos industriais, a elevada carga tributária figura como o segundo principal problema com percentuais que variam de 39,9% a 25,5%.
Índices de confiança e perspectivas registram estabilidade com leve oscilação para baixo
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas empresas, após quatro altas e leve oscilação negativa – 7,2 pontos (junho), 6,8 pontos (julho), 6,3 pontos (agosto), 4,6 pontos (setembro) e -0,2 (outubro) –, ficou em 59,5 pontos em outubro.
O valor está abaixo do patamar registrado nos primeiros meses do ano, antes da pandemia, quando ficou acima de 63 pontos, mas mostra confiança do empresário (índices superiores a 50 pontos significam que o empresário está confiante).
Da mesma forma, a leve oscilação negativa de 0,6 ponto nas perspectivas dos empresários industriais em outubro não foi suficiente para reverter as altas registradas nos meses anteriores. O Índice de Perspectivas da pequena indústria ficou em 52,4 pontos em outubro, acima da a média histórica de 45,6 pontos, apontando perspectivas otimistas dos empresários para os próximos meses.

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