E-mail de Ataíde reúne acusações de desvio de dinheiro contra Aidar

Publicado em 9 de outubro de 2015

Ataíde Gil Guerreiro fez um dossiê enumerando acusações de desvio de dinheiro do presidente Carlos Miguel Aidar, no qual ainda diz ter outras provas de irregularidades do mandatário. O ex-vice-presidente afirma ter usado um gravador nas conversas com Aidar e exige a sua renúncia, ou promete expor tudo no Conselho Deliberativo do São Paulo. Neste momento, os ex-presidentes do clube estão reunidos para, juntos, definir o futuro do mandatário. Ives Gandra, José Eduardo Mesquita Pimenta, Fernando José Casal de Rey e José Augusto Bastos Neto, entre outros membros do Conselho Consultivo, participam do encontro.
O GloboEsporte.com teve acesso ao e-mail, no qual o dirigente cita os casos da venda de Douglas para o Barcelona, a contratação de Wesley (ex-Palmeiras), a venda de Denilson para o Al Wahda, dos Emirados Árabes, e por fim a polêmica transferência de Iago Maidana, cujo caso já está sendo investigado no STJD, como transferências sob suspeita.
No e-mail, o dirigente diz que todos os casos ficariam sem comprovação, não fosse a gravação de uma conversa entre os dois no último sábado, dois dias antes da briga que resultou na queda do dirigente.
Ataíde acusa Aidar de receber dinheiro de comissão na contratação de um jogador. Também afirma ter gravação do mandatário dizendo que tentou acordo de comissão no contrato entre a Under Armour e a TML, empresa de Cinira Maturana, namorada do presidente, em negociação não concretizada. De acordo com o e-mail de Ataíde, a CPI do Futebol tem meios de comprovar se a fornecedora de material esportivo pagou comissão a TML.
O ex-vice também diz ter provas de que quando citou a empresa Far East Global, empresa responsável por receber comissionamento pela intermediação do acordo com a Under Armour, Aidar teria negado participação, mas apontado o vice-presidente de marketing Douglas Schwartzmann como responsável da operação supostamente fraudulenta.
Por fim, Ataíde pede a renúncia de Aidar e diz que o São Paulo não pode mais ser envolvido em casos como esses. Ele afirma ter sido convencido pelo conselheiro Antônio Cláudio Mariz a não entregar a gravação para a CPI do Futebol, e sim ao presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
Nos últimos dias, a oposição do clube já se articulava para isolar Aidar e exigir a sua renúncia. O mandatário viu seu poder político enfraquecido em reunião da última quarta-feira, quando ex-presidentes decidiram não apoiá-lo.
Globoesporte

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