É PRATA! Caio Bonfim conquista medalha inédita para o Brasil na Marcha Atlética

Publicado em 3 de agosto de 2024

Na prova que abriu a competição do Atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil conquistou uma marca histórica: a inédita medalha na Marcha Atlética. Caio Bonfim foi segundo colocado na prova dos 20km e ficou com a medalha de prata. Ele é o primeiro marchador brasileiro a subir ao pódio olímpico.
O atleta de 33 anos completou a prova com o tempo de 1:19:09. A medalha de ouro ficou com Brian Daniel Pintano (ECU), com 1:18:55 e o bronze de Alvaro Martin (ESP) com 1:19:11.
Eles marcharam 20 voltas com um quilômetro cada, completando o percurso completo. A prova começou às 3 da manhã, meia hora após o planejado, pelas más condições do tempo no Trocadero, que recebeu a disputa na Marcha.
A medalha de Caio foi cultivada ao longo do ciclo. O brasileiro é terceiro do ranking mundial e conquistou o bronze na marcha no Mundial de Atletismo de 2023, em Budapeste, na Hungria. A medalha consagra um percurso que bateu na trave na Rio 2016, quando terminou em 4º.
Caio Bonfim começou muito forte, deslocado do pelotão no final da volta 1. Logo no início, o brasileiro sofreu uma advertência e segurou o ritmo, caindo para 23º no final da volta 3. As oscilações nas posições mais inferiores continuaram até a volta 8, quando Caio escalou o pelotão para se posicionar no grupo da frente e não perder o contato.
Na metade da prova, Caio Bonfim passou na primeira posição, mas novamente segurou o ritmo sem se perder do grupo da ponta. A esperança da medalha continuava, com 10 atletas formando o pelotão da frente nos 5km finais de prova.
A três voltas do final, Caio Bonfim liderava a prova com outros três atletas Pintado (COL), Stano (ITA) e Martin (ESP). Desses, só o italiano diminuiu o ritmo com dores na perna e o pódio final ficou desenhado, com as posições definidas no quilômetro final.
Pela primeira vez o Brasil teve três representantes na prova olímpica da Marcha Atlética. Esta foi a quarta participação de Caio Bonfim, atleta do Centro de Atletismo de Sobradinho (CASO), do Distrito Federal.
O parceiro de clube Max Batista, que conseguiu a liberação para competir na Corte Arbitral do Esporte, tomou uma advertência na metade inicial da prova, que dificultou a posição no pelotão da frente. Ele terminou a prova em 28º (+3:21). Matheus Côrrea, da AABLU-SC, também não imprimia um ritmo forte e tomou uma punição na volta 14, prejudicando a prova do terceiro brasileiro que terminou em 39º (+5:30).

Foto: Alexandre Loureiro/COB
R7

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