Eleições nos EUA: com novo governo, indústria defende avanço na agenda de acordos bilaterais

Publicado em 11 de novembro de 2020

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas permitirá a continuidade das negociações dos acordos bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.
A indústria brasileira tem histórico de bom relacionamento com governos Democratas. Durante o mandato do ex-presidente Barack Obama, do qual Joe Biden foi vice, Brasil e Estados Unidos avançaram em importantes agendas comuns, com a assinatura dos acordos Céus Abertos, previdenciário e de cooperação econômica e comercial.
“Esperamos que essa agenda seja acelerada nos próximos anos”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A CNI acredita que os programas de retomada econômica e para redução das emissões de carbono, apresentados durante a campanha eleitoral por Joe Biden, se implementados, podem oportunizar a volta do crescimento sustentado do PIB nos Estados Unidos.
Para a entidade, este fator será muito benéfico para a indústria brasileira, porque os Estados Unidos são principal destino das exportações brasileiras de produtos industrializados. Ao todo, os EUA são destino de 24% dos bens manufaturados brasileiros.
“Estes dois programas apresentados por Biden na campanha também criam uma oportunidade adicional para a cooperação bilateral entre os dois países, porque o Brasil, assim como os EUA, é uma potência ambiental e a indústria brasileira tem uma agenda consistente no campo do desenvolvimento sustentável, sobretudo da Amazônia”, complementa o presidente da CNI.
Brasil e Estados Unidos são parceiros de longa data nas áreas de comércio e de investimentos. O intercâmbio de bens e serviços entre os dois países foi superior a US$ 100 bilhões em 2019. Por sua vez, os investimentos diretos das empresas americanas no Brasil superam US$ 70 bilhões, e os investimentos das empresas brasileiras nos Estados Unidos ultrapassam US$ 39 bilhões. Para a CNI, dependendo do cenário pós-eleição nos EUA e da conjuntura internacional, há grandes possiblidades de ampliação desses fluxos.

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