Eleitorado de Milei, na Argentina, começa a se arrepender do voto. Popularidade do presidente caiu de forma repentina

Publicado em 4 de fevereiro de 2024

Consultores e pesquisadores em campanhas eleitorais concordam que Javier Milei está enfrentando uma forte queda na aceitação pública. Diversos analistas indicam uma queda de 7 a 9 pontos desde sua posse, um fenômeno incomum durante os primeiros meses de governo. Segundo o jornal Página/12, após entrevistar oito consultores renomados, essa queda é evidente, com 10% dos eleitores de La Libertad Avanza (LLA) expressando arrependimento em relação ao voto.
De acordo com Raúl Timerman, do Grupo de Opinião, a aprovação do governo e de Milei caiu de 55% para 48% em uma pesquisa realizada por Shila Vilker. Além disso, Roberto Bacman, do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP), observa que a polarização política está aumentando, com 47% se considerando oficialistas e 40% opositores.
Hugo Haime, da Haime y Asociados, destaca uma “balcanização” política, enquanto Analía Del Franco, da Del Franco Consultores, aponta a falta de uma “lua de mel” típica dos novos governos. A insatisfação dos eleitores de Milei e o aumento dos preços estão contribuindo para a perda de apoio social.
Eduardo Fidanza, da Poliarquía, ressalta que a rápida queda na aprovação do governo reflete sentimentos de desilusão e desespero na população, especialmente em relação aos aumentos de preços e ao ajuste econômico. Marina Acosta, da Analogías, considera o início do governo caótico, com consequências negativas para os setores médios e baixos da sociedade.
Para Alfredo Serrano Mansilla, do Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (CELAG), o governo enfrenta desafios significativos em relação ao aumento da inflação e à falta de apoio político, enquanto Artemio López, da Equis, adverte sobre uma iminente “catástrofe social” devido aos aumentos de preços e à perda de poder de compra.
A avaliação negativa após apenas dois meses de governo contrasta com a habitual popularidade dos presidentes neste período. O cenário desafiador inclui aumentos tarifários e a pressão financeira esperada nos próximos meses.

Brasil 247

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